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A seguinte farsa de folgar foi representada ao muito alto e mui poderoso rei D. João, o terceiro do nome em Portugal, no seu Convento de Tomar, era do Senhor de MDXXIII. O seu argumento é que porquanto duvidavam certos homens de bom saber se o Autor fazia de si mesmo estas obras, ou se furtava de outros autores, lhe deram este tema sobre que fizesse: segundo um exemplo comum que dizem: mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube. E sobre este motivo se fez esta farsa. A figuras são as seguintes: Inês Pereira; sua Mãe; Lianor Vaz; Pêro Marques; dous Judeus (um chamado Latão, outro Vidal); um Escudeiro com um seu Moço; um Ermitão; Luzia e Fernando. |
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Versão em prosa, com a sequência: |
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Finge-se que Inês Pereira... | ||||||||
Entra Lianor Vaz | ||||||||
Inês está concertada Pera casar com alguém? | ||||||||
Aqui vem Pêro Marques... | ||||||||
Vai-se Pêro Marques e diz Inês Pereira... | ||||||||
Aqui entram os Judeus casamenteiros... | ||||||||
Vem o Escudeiro... | ||||||||
Canta o Judeu | ||||||||
Aqui vem a Mãe | ||||||||
Entra o Moço com uma carta de Arzila... | ||||||||
Aqui vem Lianor Vaz... | ||||||||
Vem um Ermitão a pedir esmola... | ||||||||