Os olhos, os traços soltos em carícias leves,
murmuram o mundo, a sua dança, o seu clamor,
os seus aromas festivos,
e a lua, em seu rosto levíssimo, flutua,
porque o sol é o astro, que em seu silêncio levita.
Na extremidade das flores, onde um veludo
precioso dormita,
a vida é o anoitecer deslumbrado.
Nos olhos de um Poeta, a dança do mundo,
os seus desenhos festivos acariciam a luz,
os seus bailados.
Nos jardins do seu nome, as palavras
resplandecem.
Nos ramos do silêncio, um pássaro pousou,
ainda há pouco,
nas praias obscuras, em suas fúlgidas areias,
o Poeta, em seus olhos de silêncio se banhou,
inebriado de canto e púrpura
e os seus traços, acompanhando os acordes
misteriosos, reinventaram os ritmos,
a criação,
......................sobre membranas fluidas,
...........................................................recamadas de vida. |