O tempo é anterior a ti, a mim, a nós,
e nada está escrito, excepto essa interioridade
que habita a inocência das palavras,
consumando o corpo, o seu início, o seu extremo,
deixando o espírito intacto para fruir
esses momentos puros, primordiais,
nessa abertura,
lâmpada rútila, navio eloquente, frémito intacto,
chama preciosa que, de outra forma,
tudo diz, tudo revela,
no tempo esquecido, no tempo sem tempo,
entre a magia e a volúpia,
no luar, no siêncio,
no tempo das clepsidras esquecidas.
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