O Pós-Modernismo, como expressão literária e artística, está inserido em um contexto de rápida aceleração da modernização pela qual vem passando o mundo desde a segunda metade do século XX. Essa aceleração vem acompanhada de fortes contradições sociais, pelas quais o nosso mundo atravessa. Localizado nesse contexto de múltiplas diferenças, em que a alta tecnologia divide espaço com a miséria e o analfabetismo, está o homem pós-moderno e sua multiplicidade, resultante desse mundo fragmentado.
De acordo com Afrânio Coutinho “a questão da conceituação de pós-modernismo já em si é bastante problemática, uma vez que se trata de um fenômeno fundamentalmente heterogêneo” (COUTINHO, 2006: 236.). Toda essa multiplicidade faz com que a caracterização de uma obra pós-moderna seja uma tarefa um tanto quanto difícil. Contudo, há que se destacar a presença de certos pontos em comum nas obras pertencentes a este estilo literário como, o ecletismo estilístico, a intertextualidade e o hibridismo. São esses pontos que iremos verificar no romance de Nicodemos Sena.
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