Logo no primeiro relatório apresentado pela Direcção à Assembleia Geral do NCH era confirmada a prioridade que se pretendia dar, no conjunto de actividades, à publicação do Boletim: «Nos meses de Julho a Dezembro 1955 a Direcção limitou-se a instalar o serviço e a iniciar as diligências para a publicação de um boletim que tem sido considerado como a sua principal actividade» (Livro de Actas da Assembleia Geral: 3).
Não admira, pois, que o Boletim tenha surgido como que o «rosto» do Núcleo e o local de acolhimento para a «publicação ou divulgação de trabalhos culturais de reconhecido valor» (art.º 2.o dos Estatutos), relativos ao Arquipélago dos Açores e em especial às ilhas do ex-distrito da Horta.
O primeiro número do Boletim foi editado em Dezembro de 1956. Nesse número colaboram Marcelino Lima, Osório Goulart, Frederico Machado e Pe. Júlio da Rosa. Para além destes colaboradores têm trabalhos publicados ao longo dos vários números do Boletim outros importantes nomes da intelectualidade faialense e açoriana, designadamente Júlio Andrade, Florêncio Terra, António Lourenço da Silveira Macedo, Pedro da Silveira, Adelina da Costa Nunes, Rodrigo Guerra, Victor Hugo de Lacerda Forjaz, Ernesto Rebelo, João Teixeira Soares de Sousa, António Ferreira de Serpa, Manuel Ávila Coelho, Avelino de Freitas de Meneses, José Guilherme Reis Leite, Ricardo Manuel Madruga da Costa, Luís M. Arruda, J. Ávila Martins, Urbano Bettencourt e Álamo de Oliveira.
Ao longo dos treze números publicados até agora (e em que alguns deles se desdobram em vários fascículos) perpassam temas e assuntos muito diversos que abrangem várias áreas que vão desde a História, o Folclore, a Filologia, a Etnografia e o Artesanato até às Ciências Naturais, Pescas e Geologia/Sismologia.
A maioria das edições foram compostos e impressos nas Oficinas do «Correio da Horta», nesta cidade, e, em menor número, nas Oficinas Tipográficas de Ramos, Afonso e Moita (Lisboa), na Empresa Coingra (Ribeira Grande), na Coimbra Editora Lda. (Coimbra), nas Oficinas Gráficas Barbosa e Xavier (Braga) e na Sersilito – Empresa Gráfica S.A. (Maia).
Até 1963 a publicação do Boletim manteve-se regular, entrando, a partir daí, em fases de maior ou menor atraso, acabando mesmo por perder a sua periodicidade anual em 1965, substituída por biénios (1966-67, 1968-69, 1989-90, 1991-92, 1996-97), triénio (1993-95), quadriénio (1985-88) e quinquénios (1970-1974, 1975 -1979, 1980-84).
Com o número 13 (2004), o Boletim do NCH, agora sob a responsabilidade editorial de Luís M. Arruda, mudou de apresentação e arranjo gráfico, e, assumindo-se como número «de transição», aposta em constituir «uma nova série a iniciar em 2005, [...] que se pretende de temas», em que «o tema de cada ano, que constituirá o primeiro espaço do Boletim, será tratado por autores convidados de modo a assegurar o seu corpus e a sua periodicidade» (ARRUDA, 2004: 9). Pretende ainda manter uma secção, denominada Vária, onde serão acolhidos artigos sobre outras matérias, e um espaço de Revista de Livros, recenseando as publicações feitas nos Açores ou que a estas ilhas interessem.
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