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LUÍS REIS..

“Subsídios para a História da Biblioteca Pública de Évora”
(Comentário)

ÍNDICE

Introdução

I. A evolução do Livro e da Leitura (síntese histórica)

II. D. Frei Manuel do Cenáculo Villas Boas

III. Análise de texto

III.1. A fundação da Biblioteca

III.2. Crises da Biblioteca

III.3. Perfeitos e Directores da Biblioteca

III.4. Modificações e acrescentos ao complexo arquitectónico
e cultural da Bibliotec
a

III.5. O Fundo da Biblioteca

III.6. Transcrição dos relatórios

IV. Conclusão

V. Fontes

 

II. D. Frei Manuel do Cenáculo Villas Boas

Nasceu em Lisboa em 1724 e morre em Évora em 1814. Desempenhou as funções de Superior Provincial da Ordem Terceira de São Francisco, de Presidente da Real Mesa Censória, 1º Bispo de Beja entre 1770 e 1082, é nomeado Arcebispo de Évora pelo Príncipe D. João, nesse mesmo ano a 3 de Março. No conjunto da sua actividade, é uma figura de relevo do Iluminismo em Portugal. Aos 15 anos entra para a Ordem Terceira da Penitência. A partir de 1740 torna-se seguidor do movimento intelectual de crítica à Escolástica. Na Universidade de Coimbra, frequenta o curso de Teologia e obtém o grau de doutor por aquela instituição, sendo igualmente nomeado lente de Artes do Colégio de São Pedro de Coimbra, em 1749.

Em 1750 segue para Roma, onde acentua a sua orientação iluminista, de cariz acentuadamente católica. Dentro deste espírito, elege a pedagogia e a actividade política como formas de intervenção reformadora.

É como defensor da pedagogia que o veremos como Presidente da Real Mesa Censória e na junta de Instrução Literária, na redacção dos principais textos pombalinos da Reforma da Universidade de Coimbra. A partir de 1770, com as Instruções Pastorais acentua a importância da missão social do clero na difusão e ensino dos conhecimentos técnico-científicos da época, desta feita como Bispo de Beja. Para Frei do Cenáculo a Cultura representou uma forma elementar de existir, o que o vai levar a redigir várias obras de cariz religioso e cientifico, e à fundação de Núcleos Museológicos e Bibliotecas, como é o caso da Biblioteca Pública de Évora,

Sem caracterizar o seu pensamento filosófico de uma forma profunda, interessa no âmbito deste trabalho, referir que D Frei Manuel do Cenáculo Villas Boas, foi um reformador de orientação iluminista, onde o gosto pelo real e o matematismo, o levou a reagir contra a Escolástica. Fomentou o estudo das Ciências Auxiliares da História e cultivou a Arqueologia. Criou Bibliotecas Públicas e um dos primeiros acervos Museológicos de Portugal.