O carácter estruturalmente relacional do ser humano foi abordado ao longo do século XX por diversos autores que nos deixaram páginas de grande profundidade. Destacarei apenas, a título de exemplo, Gabriel Marcel (1940), Martin Buber (1960), Emanuel Levinas (1988), Paul Ricoeur (1990) e, numa perspectiva mais próxima das ciências naturais, Pedro Lain Entralgo (1999). A análise da posição de cada um destes autores excede o âmbito do presente ensaio, mas deve-se assinalar aqui que o tema da alteridade e da relação com o outro constituem elementos fundamentais do seu pensamento. Vale a pena citar Martin Buber, já que ele é um dos autores que melhor soube exprimir de forma sintética e profunda o carácter relacional do ser humano.
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