A capacidade humana de reflectir eticamente, bem como de assumir pessoalmente decisões éticas e de justificar eticamente o próprio comportamento tem sido considerada, sobretudo no Ocidente, um elemento fundamental na definição da identidade pessoal. Esta definição assenta numa concepção simultaneamente essencialista (no que se refere aos conceitos) e racional (no que se refere aos juízos), concepção que está a ser posta em causa, como se disse. A ideia de que as decisões éticas não são tomadas pelo self com base na sua capacidade de abstracção racional não é de hoje, ela foi também convictamente defendida por David Hume.
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