Simbolismo e cor nos bordados de Castelo Branco:
|
|||||||
INDEX | |||||||
Introdução |
|||||||
Breve apontamento histórico, recente de pouco mais de um século, dos corantes sintéticos, que fizeram secar os jardins das plantas tintureiras |
|||||||
Alguns aspectos directamente relacionados com a síntese química dos corantes são marcos fundamentais da história da Química Orgânica. Vale a pena realçar que é nas primeiras décadas do século XIX que os químicos tentam extrair os elementos corantes das plantas tintureiras então usadas e amplamente cultivadas, e identificá-los. Em 1826 Robiquet (1780-1840) isola a alizarina a partir da raiz da ruiva. Unverdorben (1806-1873) extrai uma substância pura aquecendo o indigo e chama-lhe anilina. É em 1853 que Perkin (1838-1907), ao tentar sintetizar quinina a partir da anilina obtém um produto violeta que se mostrou um excelente corante para a lã e para a seda. Em 1856 patenteou a malva, o primeiro corante completamente sintético no mundo e começou a fabricá-lo com o nome de mauveina (Delamare e Guineau, 2000 ). A alizarina sintética arruína as plantações de ruiva da Holanda, Alsácia e França em menos de cinco anos. Em 1880 Baeyer (1835-1917) completou a síntese do indigo (indigo puro), inicialmente muito dispendiosa, em colaboração com a MLB e a BASF. Em 1904, a Alemanha exportava 9000t de indigo sintético (e três vezes mais em 1913), o que arruinou os 1,7 milhões de hectares das plantações da Índia (produziam 400 000t por ano) e fez depois colapsar os mercados ingleses e franceses. Na primeira metade do século XX novos corantes sintéticos substituíram progressivamente as fragilidades dos primeiros. São exemplos o tio-indigo, a ftalocianina, compostos diazóicos ou a quinacridona, entre milhares. Na altura de escolher um corante, actualmente, alguns aspectos têm que ser tidos em conta. Os corantes sintéticos oferecem baixo custo, debotam menos (por terem maior interacção com a fibra) e dão mais consistência e brilho às próprias fibras. Contudo, não se pode perder a química dos corantes naturais. Ou seja, não se pode perder um longo conhecimento dos materiais e das técnicas com as quais se obtinham os corantes naturais e que foi sendo aperfeiçoado e enriquecido com o tempo, pelas gentes de uma região. Com eles se obtinham subtis nuances de cor e uma individualidade irreprodutível. |
|||||||
(*) Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Castelo Branco. E-mail: fatimapaixao@ese.ipcb.pt |
|||||||
|
|||||||
Outros espaços da ciência no sítio: |
|||||||
Outros espaços da espiritualidade no sítio:ISTA - site do Instituto S. Tomás de Aquino |
|||||||
Associação de Socorros Mútuos Artística Vimaranense (ASMAV) - Guimarães |
|||||||
|