O JARDIM NOS MITOS DA CRIAÇÃO DO MUNDO
Alexandra Soveral Dias e Ana Luísa Janeira

INDEX

Sumário
PARTE I
O JARDIM NOS MITOS DA CRIAÇÃO DO MUNDO
A questão das Origens ou quem somos de onde vimos, para onde vamos?
O jardim original
Outros jardins mitológicos
Árvores mitológicas
Conjecturas sobre a origem do Jardim do Éden

PARTE II
EXPLICAÇÃO, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO NOS MITOS DE CRIAÇÃO:
A recriação do mito fundador do Éden por terras brasílicas
Explicação, compreensão e interpretação nos mitos de criação
A recriação do mito fundador do Éden por terras brasílicas

NOTAS E REFERÊNCIAS

Outros jardins mitológicos

Conforme verificámos, a presença de jardins na mitologia a uma escala mundial não é de forma alguma frequente ao contrário do que conjecturamos inicialmente com algum etnocentrismo, tendo em conta a proeminência que o jardim adquire na narrativa do Génesis, a nossa cosmogonia/antropogonia de referência.

Assim, aparentemente o Jardim do Éden enquanto paraíso primordial poderá constituir uma profunda originalidade da narrativa do livro do Génesis presente na Tora e Antigo Testamento, e ainda eventualmente implícita no Corão onde, como se referiu, o paraíso primordial não chega na verdade a ser descrito.

Não obstante são de referir o maravilhoso jardim das Hepérides e a ninfa ou deusa Pomona presentes nas mitologias grega e romana respectivamente.

Na mitologia grega é conhecido o Jardim das Hespérides mas conforme também já se referiu não se relaciona com a criação do Mundo.

Era no entanto um local importante, cenário do casamento entre Zeus e Hera (3). Tratava-se de um jardim divino onde os mortais não podiam entrar e onde viviam as Hespérides, naídes filhas de Atlas e Hespéris, encarregues de o guardar e cultivar. Neste jardim, pomar de Hera, cresciam árvores que davam maçãs de ouro (14), considerados como frutos da imortalidade (15). Apanhar as maçãs de ouro do jardim das Hespérides, tarefa julgada impossível para um mortal, foi um dos trabalhos de Hércules que este conseguiu naturalmente levar a cabo com sucesso.

O jardim das Hespérides constitui apenas um pequeno apontamento na vasta mitologia grega o que se compreenderá se atendermos ao facto de na Grécia antiga o jardim não assumir uma grande importância, sendo sobretudo um luxo apenas descoberto na Ásia durante as conquistas de Alexandre, o Grande (3).

Já os romanos cultivaram a arte do jardim. Os jardins romanos eram requintados e complexos neles se misturando arquitectura, estatuária, escadarias, fontes, grutas e encantadores jogos de água com a vegetação dominada pela vontade do homem. Assim não é de estranhar que uma divindade lhe tenha sido especificamente atribuída na mitologia romana, Pomona, a única ninfa (nalgumas versões considerada como deusa) que não amava os bosques e a natureza. Preocupava-se apenas com frutos, pomares e jardins, sendo representada com uma faca de podar na mão.

Fugia dos homens apenas se interessando pelos trabalhos do jardim mas acabou por ser conquistada pela persistência, eloquência, beleza, juventude e amor de Vertumnus que teve no entanto que adoptar um disfarce de velha, admiradora de frutos, para conseguir aproximar-se da arisca ninfa dos jardins (16).

Apenas

"Naturarte" e "Lápis de Carvão"
Comunicações aos colóquios em livros de cordel, publicados pela
Apenas Livros Lda.

Outros espaços da ciência no sítio:

Jardins

Naturalismo

Naturarte

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ISTA - site do Instituto S. Tomás de Aquino

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Alquimia em Portugal - António Amorim da Costa

La Langue des Oiseaux - Richard Khaitzine

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Última Actualização:
29-Jun-2006




 

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