No início da sua carreira, e durante alguns anos, exerceu a profissão de arquitecto que abandonou em 1964 para se dedicar exclusivamente ao cinema e à literatura, bem como à pesquisa de músicas de vanguarda. Paralelamente, especializou-se na investigação e estudo das religiões comparadas, das tradições esotéricas, de história da filosofia e da estética audio-visual, da literatura fantástica e da ficção científica, temas que tem abordado em inúmeros colóquios e conferências, e em diversas publicações.
Inclui na sua extensa filmografia dezenas de documentários, programas televisivos e filmes de intervenção, bem como treze longas-metragens entre as quais se destacam: Domingo à Tarde (1965), um dos filmes fundadores do chamado Novo Cinema Português, dos anos 60, e alguns dos mais polémicos filmes portugueses, por exemplo Nojo aos Cães (1970) , A Promessa (1972), O Princípio da Sabedoria (1975), As Horas de Maria (1976), Os Abismos da Meia-Noite (1982), Os Emissários de Khalôm (1987), A Maldição de Marialva (1989), Chá Forte com Limão (1993), etc.
Entre os seus livros contam-se, no ensaísmo, A Evolução Estética do Cinema (1959-1960), Da Essência da Libertação (1961), Instruções Iniciáticas (1999), Laboratório Mágico (2002), O Neoprofetismo e a Nova Gnose (2003), Esoterismo da Bíblia (2006), e Textos Neo-Gnósticos (2006) - e, na ficção: O Limite de Rudzky (1992), Contos do Androthélys (1993), Sulphira & Lucyphur (1995), A Sonata de Cristal (1996), Erotosofia (1998), O Cipreste Apaixonado (2000) e As Furtivas Pegadas da Serpente (2004).