Fim de tarde.
O silêncio atravessa o tempo.
As árvores nuas, filtros do sol.
Subitamente,
a natureza prenhe, aconchega-se ao chão.
É chegada a hora.
Rasgos na pele,
Mil fendas de sangue verde.
Estalidos que cegam,
como pipocas de luz.
Rolinhos de algodão,
um cheiro a bebé
e zunidos de mil abelhas,
beijando a tela de açúcar.
Na minha boca o paladar das cerejas,
O trincar sumarento da maçã. |