Conceitos como os de «território», «agenciamento», «devir», «singularidade», «máquina», «fluxos», «rizoma» --. . . que têm em comum a noção de dinâmica, processo, reocupação do espaço físico, imaginário, mental – dão conta da abrangência teórica aos novos modelos e, particularmente, ao modo de operar do work in process. Explicitam, também, outros modos narrativos que operam redes, fluxos pulsionais e sequências não-causais.
Nessa revolução imperativa da linguagem, buscam-se narrativas que dêem conta deste Zeitgeist,permeando novas leituras do fenómeno e sobretudo outra postura dos criadores, actuantes e receptores. Trabalhos que vão desde a escritura disjuntiva de Samuel Beckett até às poéticas minimais subliminares de Robert Wilson; construções polissémicas como as do Wooster Group e do encenador Richard Foreman são exemplos dessa aplicação.
Renato Cohen, p. 23.
Utilizamos. . . o termo environment enquanto ambiência, cenário, tanto no sentido físico quanto psíquico, imaginário.
Renato Cohen, nota 43, p. 105.
Environments are works of art which surround the visitor and monopolize his [her] attention; happenings are works which the artist constructs using living performers, but dispensing with the logical structure of drama.. . .
Adrian Henri, Environments and Happenings, London, Thames, 1974, “About this book”
. . . Performance’s being. . . becomes itself through disappearence”
Peggy Phelan, Unmarked, London, Routledge, 1996, p. 146.
Os monstros talvez existam para nos mostrar o que poderíamos ser, não o que somos, mas também não o que nunca seríamos e assim articulam a questão: Até que grau de deformação (ou estranheza) permanecemos humanos?
Ieda Tucherman, Breve História do Corpo e de Seus Monstros, 2ª edição, Lisboa, Vega, 2004, p. 101. |