A Constituição Da Morte como 1 processo, e não como um estado;
Desfólios de recipientes incisivos, crônicos, violentamente escancarados;
Seu mais Lúcido Desejo enterrado a todo crédito dos medos;
Um Épico da Bancarrota nas veias;
Toda ventania a rir de sua consciência anã num jardim do Cemitério Vivo;
O horror dos olhos indo pra cama;
Aos lobisomens da preguiça o erro que fatal seria no cômputo dos acertos inválidos;
A viagem dos itinerários pela alma que ainda treme no Porto Infinito;
O labirinto iludível por sua mão desavergonhada;
Saberiam adivinhar o Paraíso em suas potências e desvios;
Quando ninguém mais poderia cantar a glória de quem somos;
PRECIOSAS DO SABER QUANDO PIANO - antes do divã; se almejo os reflexos de Psiquê no lago, ao encontro do mar.
(Mário Montaut)
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MÁRIO MONTAUT é brasileiro, paulistano, de ascendência italiana, espanhola, indígena, moura, francesa e outras. Desenvolve uma sequência de composições que vêm à luz, já em dois trabalhos: "Bela Humana Raça", Dabliú, 1999, e "Mário Montaut: Samba De Alvrakélia", a sair nos próximos dias pelo selo MBBmusic. São muitos anos de vivências artísticas, num panorama que inclui Dorival Caymmi, René Magritte, Manoel De Barros, João Cabral De Melo Neto, Borges, Chico, Caetano, Gil, Dalí, Fellini, Buñuel, Webern, Cartola, Breton, Blavatsky e muitos amores mais, indispensáveis à sua criação, que abarca, além das canções, poemas, textos, roteiros e outras coisas interessantes. Mário Montaut é basicamente um parceiro de todos os seus contemporâneos e ascendentes, humanos ou não, saibam eles ou não. Índios, Negros, Europeus, Sem-terra, Brisas, Baleias, Maremotos, Chuvas, Livros, Discos, Beijos e Trovões Em Todas As Roseiras. Atualmente grava um disco de parcerias suas com o poeta Floriano Martins, onde a talentosíssima intérprete Ana Lee canta grande parte do repertório. Mário Montaut é um pouco de tudo isso. E muito mais, com certeza, pode ser descoberto em seus discos lançados, em suas tantas canções já gravadas, poemas, textos, e múltiplos achados. |