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INDEX INSCRIÇÃO GRAVADA NO COBRE |
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Desde 1782 se vem dizendo que este objecto é muito valioso, por ser uma grande massa de cobre nativo. Mas - escreve Domingos Vandelli - até agora não se descobriu em parte alguma massa tão grande (..), a qual serviria para enriquecer o mais rico museu da Europa... A história do "Bloco de Cobre Nativo" tem estado em investigação. Vai ser publicada em obra colectiva, cobrindo três sectores, todos eles anómalos: a) Documentação - uns trinta textos, alguns deles inéditos, em que não há concordância na transcrição da dedicatória latina, no peso, nas dimensões, nem quanto ao lugar de proveniência do bloco. b) Lugar de proveniência - a documentação ora refere que o bloco foi achado em Santiago do Iguape, ora em Santo Amaro, ora em Vitória, localidades do município da Cachoeira (Estado da Bahia, Brasil), no qual não existem minas de cobre. c) Bloco - só com análise estrutural se pode saber se o cobre é de facto nativo. O modo como está exposto (enterrado na peanha) não permite verificar peso nem dimensões. Conclusão: o bloco não é um objecto científico, sim uma obra de arte, destinada a convencer o ministro Martinho de Mello e Castro da necessidade de enviar naturalistas para as colónias, projecto antigo e que fora sempre adiado. Tem data de 1782 e os naturalistas partiram em 1783. Na memória publicada nos Anais da Biblioteca Nacional (Vol. 32, pág. 551), Vandelli diz que o bloco tem origem numa porção de ferro e em sulfato (vitríolo) de cobre. Lançar sucata de ferro nos charcos de sulfato de cobre para recuperar iões de cobre é um procedimento habitual dos mineiros. Maria Estela Guedes Ciclo de exposições CulturaNatura, Museu Nacional de História Natural Lisboa 1999. Folheto que acompanhava a Pedra de Cobre. |
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Missão subsidiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia |
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