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ANTÓNIO RAMOS ROSA
POEMAS
Poema para Maria do Sameiro Barroso
A pedra (áudio)
Há uma mulher que desenrola os seus cabelos nas sílabas
Num recanto de uma sala junto a uma janela entreaberta
Escrever é procurar corresponder
Os amantes imponderáveis são archotes
Os anjos que conheço são de erva e de silêncio
Mediadora da casa (áudio)
Mediadora da palavra
Mediadora do mutismo
Não preciso aproximar-me com dois passos vacilantes
Poemas
Uma voz na pedra
Tu pensas que os cardeais
Teu corpo principia
Que cor ó telhados de miséria
Onde a poesia se exibe
Não posso adiar o amor
Poema dum Funcionário Cansado
O boi da paciência
Semelhante à imóvel
As palavras
Um astro
Tal como antigamente
Casa de sol onde os animais pensam
Estou vivo e escrevo sol
No silêncio da terr
a
Nascimento último
O amor cerra os olhos
A palavra
Não tenho lágrimas
A noite chega com todos os seus rebanhos
Amo o teu túmido candor de astro
António Ramos Rosa, adeus: Maria Estela Guedes
OBRAS DE ANTÓNIO RAMOS ROSA
EM TORNO DE UM TEXTO TEÓRICO DE A. RAMOS ROSA :
JOSÉ AUGUSTO MOURÃO
OS 80 ANOS DE ANTÓNIO RAMOS ROSA: TERESA SÁ COUTO
A. RAMOS ROSA, OBRA AO VERDE:
MARIA ESTELA GUEDES