Rubén Mejía nasceu na cidade de México em 1956 e radica na cidade de Chihuahua, ao norte de México e na fronteira com os Estados Unidos. Ao longo de 25 anos impulsionou, sempre a contracorrente, a criação de espaços e publicações culturais: a revista artesanal “Palavras sem rugas” (1981-82); a coluna jornalística “Letras à margem” (1983-87); o suplemento semanal “Pró-Logos” (1984-88) e “Azar. Revista de literatura” (1989-1998), uma das principais publicações culturais da década dos noventa no México de finais de século. Atualmente é diretor da empresa independente Edições do Azar A.C., editora que traduziu e disseminado em México a obra de escritores brasileiros: Joao Guimaraes Rosa, Clarice Lispector, Raimundo Gadhela e do poeta Lêdo Ivo, de quem publicou “La tierra allende” (2005), sua primeira antologia bilingue português-espanhol.
Alguns de seus livros editados são: “Segunda morte” (poesia, Universidade Nacional Autônoma de México, 1987); “A região romântica. Sete poetas do século XIX em Chihuahua” (ensaio, Edições do Azar, 1996), um estudo sobre o extenso e arraigado romantismo regional do norte de México; os poemarios “Poesiglo” e “O poesible” (Azar, 1997), livros que significaram um preâmbulo, uma pré-escritura, da grande saga poética “Expírito-Multiversos” (2000-07), a qual se integra até o momento por quatro volumes.
Expírito-Multiversos é uma Summa do conhecimento, uma cosmogonía em metamorfose incessante que aspira à conjunção e conjugação do tempo humano, isto é, entregar uma visão plena e aberta das histórias todas do homem como um homem só, e integrar numa expressão, ou nos silêncios de uma letra, ao nada e o absoluto, mediante o giro – o riço - para outra linguagem, nesse jogo estético e logotético - segundo o termo cunhado por Roland Barthes - que recreia e altera a essência de toda língua: a poesia, síntese da luz que nos imanta, insemina e incendeia no reino real do poesible.