Numa palavra, o medo, o amor, a morte,
Gritos de bruma e água que libertam dardos
pontiagudos.
Na noite que refulge entre cálices de fuligem.
Nos dedos tépidos que vejo no rosto transparente
das roseiras imóveis. O chão por debaixo
das nuvens.
E ouço Schubert, na angústia pulsátil
de um quarteto de cordas:
«Der Tod und das Mädchen»** ,
a morte voltejando, em ilhas perfumadas,
na face gelada do sono vertiginoso,
entre pontes luminosas, buganvílias
e astros negros a absorver o musgo e as casas,
a vida presa ao orvalho, exilado em searas puras,
até que a manhã chegue e estanque as cordas
que cantam,
entre lâmpadas obcecadas
....................................................por um profundo azul.
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