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BOLETIM DO NCH
Nº 14, 2005 |
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Discursos sobre memória e identidade, a propósito do
V Centenário do Descobrimento dos Açores
Maria Isabel João
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Sumário - Summary
Introdução
Conjuntura do Centenário Açoriano
Celebrações Oficiais
Discursos Identitários
Considerações Finais Bibliografia |
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Sumário
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Este artigo é sobre a celebração do V Centenário do Descobrimento dos Açores, a qual foi realizada em 1932. Começa por analisar as origens das celebrações dos centenários e a sua importância no século XIX, quando se tornaram mais frequentes. Durante a Primeira República e no período da ditadura militar, entre 1926 e 1933, as comemorações dos centenários continuaram a ser realizados pelas elites e pelo poder. O V Centenário do Descobrimento dos Açores ocorreu num período conturbado a nível social e político e as comemorações foram seriamente afectadas pela mudança do governo e pelas dificuldades financeiras. A data escolhida também foi controversa, devido aos problemas para estabelecer, com rigor, o momento do descobrimento. Um documento histórico de capital importância como o mapa de Valsequa ainda não era, geralmente, reconhecido para efeitos de datação do acontecimento. Assim, continuava a considerar-se a data apontada por Gaspar Frutuoso para a chegada de Gonçalo Velho à ilha de Santa Maria, 15 de Agosto de 1532. Esta foi aceite como a data oficial do descobrimento dos Açores e as celebrações tiveram lugar nas principais ilhas por meados daquele mês. O artigo foca as práticas rituais e os discursos identitários produzidos durante as comemorações à luz do contexto histórico nacional e regional.
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Summary
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This article is about the celebration of the 500 th anniversary of the discovery of the Azores which was held in 1932. It analyses the origins of centenary celebrations and their importance in the XIX century when they became more frequent. During the first Portuguese Republic and the military dictatorship regime between 1926 and 1933, centenary celebrations continued to be held by the elites and the power. However, the 500 th centenary of the Azores in 1932 took place during a period of social upheaval and political turmoil and, consequently, the celebrations were deeply affected by a change of government and by serious economic constraints. The date chosen was also a major source of controversy due to the difficulty in establishing the exact date of such discovery. Historical documents such as the map of Valsequa had not been yet recognized as the most accurate document on this issue. Given this situation, according to Gaspar Frutuoso, Gonçalo Velho arrived in Santa Maria on August 15 th, 1532, setting the beginning of the occupation of Azores by the Portuguese. This date was accepted as the official date for the discovery and the celebrations took place in the main islands according with this time frame. This article discusses the ritual practices and the identity discourses produced during the celebrations in light of the national and regional historical contexts.
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Maria Isabel João – Departamento de Ciências Humanas e Sociais – Universidade Aberta. Rua da Escola Politécnica, n.º 147. 1269-001 Lisboa |
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Palavras Chave:
centenário, comemoração, nacionalista, regionalista, açorianidade.
Key words :
centenary, commemoration, nationalist, regionalist, «azoreanity». |
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