venda das raparigas . britiande . portugal . abertura: 2006

Cícero Pedrosa Neto, Ernesto Feio Boulhosa,
João Paulo de Oliveira
& Raphael Gomes:

RITOS MORTUÁRIOS -
As Pompas Fúnebres na Maçonaria

SUMÁRIO

Agradecimentos
Resumo
Introdução
Da Maçonaria
Da concepção de Morte para os maçons
Do Ritual Mortuário
Conclusão

Da Maçonaria

Desde sua oficial fundação, em 1717, em Londres, a Maçonaria vem despertando grande curiosidade e interesse nos que com ela se deparam, o que suscitou o aflorar de uma característica comum aos seres humanos, que é a de deturpar e hostilizar o  desconhecido, empregando-lhes um severo olhar etnocêntrico. Em função disso, a Maçonaria e seus membros são, até hoje, deverasmente criticados e discriminados como adoradores de “divindades espúrias”.

 Qual errônea concepção tem sua gênese na Idade Média com as graves acusações aos Cavaleiros Templários, que muito contribuíram para a configuração da Ordem Maçônica atualmente em vigor. A acusação aos Templários girou em torno da suposta adoração de uma “cabeça falante” e a um Sátiro- ser metade homem, metade bode -, cujo nome era Baphomet, e que, inclusive, deu forma a concepção material de satã, tal como se conhece nos dia de hoje.

Contudo, segundo José Mattias Lopes, Grande Secretário Chanceler das Relações Interiores, pertencente ao colegiado dos “Príncipes do Real Segredo” ( Grau 33°) , da Grande Loja Maçônica do Pará, a Maçonaria é: “ Uma organização discreta, sem fins lucrativos, que não faz distinção de raça, credo; de cunho fraternal, que visa o aperfeiçoamento humano através das simbologias de construção, sendo o homem-profano(o não maçom), uma pedra em estado bruto, que ao buscar a ‘luz’ dos templos maçônicos, torna-se uma pedra, agora, em aperfeiçoamento, pronta a ser burilada, lapidada até chegar à ‘perfeição’ humana”. 

 Indagado sobre as concepções populares a cerca de tal Fraternidade, o Mestre Maçom Mattias Lopes rebateu dizendo: “esses conceitos foram emitidos em função dos entendimentos católicos solidificados sobre o paradigma dogmático que constitui essa religião. A Maçonaria não tem identidade religiosa. É laica. Mas sem qualquer alusão diabólica. Ao contrario, para ser Maçom, antes de tudo, deve-se crer em uma ‘força maior’, construtora de tudo o que existe, força essa que denominamos G.A.D.U. (Grande Arquiteto do Universo)”.

A Maçonaria é constituída por homens “livres e de bons costumes”, segundo as determinações axiomáticas que a compõe. Seus templos são chamados de “Lojas”, e normalmente são de cor azul. É hierarquicamente constituída, baseada em rituais, nos quais cada membro possui um lócus especificado pela função que lhe é incumbida. Os rituais praticados no Brasil são: O Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), O Rito York, O Rito Adonhiramita, O Rito Moderno e, por fim, o Rito Brasileiro. Cada um desses ritos possui uma mesma essência, mesmos ensinamentos, mas, por vezes, com estruturas e vestimentas diferentes. A vestimenta Magna é composta por terno, gravata (esta variando conforme o rito), avental, luvas e alfaias. Nas sessões ordinárias usa-se Balandrau (veste ritualística semelhante a uma batina de cor preta), acompanhado do avental e das alfaias.

Existem Ritos para diversas situações dentro da Ordem Maçônica. Ritos ordinários; Ritos Comemorativos, como por exemplo, o do dia das mães e Ritos de Passagem tais como, Iniciação, elevação de graus e morte, sendo este último, o objeto da análise a seguir.

 
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