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Cícero Pedrosa Neto, Ernesto Feio Boulhosa, RITOS MORTUÁRIOS - |
Agradecimentos |
Monografia apresentada á disciplina Introdução à Antropologia, ministrada pela Profº. Eneida de Assis para a obtenção de nota parcial referente à 3º avaliação da turma do 2º semestre/manhã do curso de Ciências Sociais da UFPA. |
Introdução |
Tendo em vista a ritualística da morte como significativa na apreensão das relações sociais diversificadas e específicas de inúmeras sociedades, procuramos neste trabalho nos ater em um quesito que se refere á observação das várias atitudes sociais diante da “indesejada das gentes”: a Morte. Esta proposta de observação das formas de pensar a morte é reveladora, principalmente no que tange ao “comportamento dos vivos com relação aos mortos e as relações que os indivíduos e os grupos travam entre si e com os seus mortos, além do status social que atribuem aos mesmos”. (BRAET & VERBEKE, 1996 p.29). Restringimos nosso objeto de análise á Maçonaria. Entretanto, em nada perdemos, em virtude disso, em qualidade e matéria-prima no que se refere ao nosso estudo, uma vez que a própria Maçonaria se torna um recipiente eivado de pluralidade e símbolos culturalmente estabelecidos. Os seus rituais são bem significativos, mais ricos em símbolos do que em sinais e instrumentos, se levarmos em conta a conceituação de rito proposta por Lucy Mair ao dizer que os rituais significam um complexo de ações que envolvem inúmeras pessoas e o comportamento ritual como as ações individuais de natureza ritual. (MAIR, 2002 p.219). Destarte, analisaremos os rituais de morte presentes na Maçonaria, assim como os seus possíveis significados, já que as acepções dos atos presentes nessa sociedade iniciática residem mais em seu valor simbólico do que em sua finalidade mecânica (BAYARD, 1996, p.7). Para o desenvolvimento do estudo, lançamos mãos de entrevistas e textos rituais, mais especificamente o do rito mais antigo do Brasil, o Rito Adonhiramita (utilizado inclusive por José Bonifácio e Dom Pedro I), assim como nos utilizamos de um material teórico básico que versa sobre a questão da morte ritualizada, junto aos símbolos e discursos praticamente sacralizados. |