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Torna o Onzeneiro à barca do Inferno e diz: | ||||||||
ONZENEIRO Houlá! Hou! Demo barqueiro! Sabês vós no que me fundo? Quero lá tornar ao mundo e trazer o meu dinheiro. que aqueloutro marinheiro, porque me vê vir sem nada, dá-me tanta borregada como arrais lá do Barreiro. DIABO Entra, entra, e remarás! Nom percamos mais maré! ONZENEIRO Todavia... DIABO Per força é! Que te pês, cá entrarás! Irás servir Satanás, pois que sempre te ajudou. ONZENEIRO Oh! Triste, quem me cegou? DIABO Cal'te, que cá chorarás. Entrando o Onzeneiro no batel, onde achou o Fidalgo embarcado, diz tirando o barrete: ONZENEIRO Santa Joana de Valdês! Cá é vossa senhoria? FIDALGO Dá ò demo a cortesia! DIABO Ouvis? Falai vós cortês! Vós, fidalgo, cuidareis que estais na vossa pousada? Dar-vos-ei tanta pancada com um remo que renegueis! |
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