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PEDRO PROENÇA (ROMANCE E PINTURAS)
08-10-2003 www.triplov.com

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sobe


(X)

Pudicangular.

Obituoescrita!

A televisão imaginária. A carne salgada do primeiro ministro. Uma agulha na menstruação. «Tudo se escoa-escreve no escorbuto inflexível deste Paraíso sem barcas!»

A morte voa e soluça nos espelhos da linguagem. Fala e Foda. Semiótica abundante entre as coxas das amazonas. Dois pinguins divagam no Pernambuco/ as feras são como um hálito escoado de um livro metafísico (os dilúvios surpreendem as divagações [os Onc-gritos internam-se nas cisternas do Inconsciente - alguém teoriza - chulice organizada - orgasmo {metáfora da metáfora que é a realidade} perceptivo] ).

Pudi/marcel estava nos Campos Elísios. A perspectiva de dar de repente com um dinossauro descomunal era-lhe cara. O assunto daria crónicas / os ensaios espalhavam-se / como os barbitúricos na decadência / kan / mas se o vivo ainda arrebica / bebamos uma bica / angular?

Óbito de óbito (ó madalena, ó cabelos de rastos)

Ela eu: quem era o Lobo & a Loba "o hermafrodito castrado" et voilà Attis que revem (Alexandre esse filho-da-puta que nos impingiu Aristóteles, a Ética, a Estética e a Técnica).

Eu ela: ficamos pelo meio-meio das coisas e pelas coisas do meio-meio (era preciso que os hipopótamos falassem, que as cabras tivessem êxtases frenéticos nos matadouros).

Nem ela nem eu (nem paz nem gás, que é este país a andar para trás / que é Portugal a desaparecer).

From May (um príncipe déspota do Laos ou um pirata coreano qualquer (mam (n) nay (r) )).

Despojado. Bacia de Ausência. Imprevisível. Possuidor do sintáctico. Humilde barca. Pétala de Crisântemo.

(as rotas do bruxeleante desejo)

A Prismática perspectiva (altíssima dignidade - Senhora) e a perspicássia (pré-picasso).

Os ângulos opacos opalesciam no murmúrio tórrido das asneiras balofas de Sá-Carneiro (arsénico e pistolas). A bílis untava a marselhesa. E mais um monge siberiano entrava em greve da fome (o anjo cortara as veias; a justiça sobre a terra era um cismo vago, um arco, um salto de cabra, um sonho «astral»).

Senhor,
o teu nome inscreve-se nas cúpulas
das basílicas.

Senhor,
os papagaios já estão a comungar
dai-nos pão!
Dai-nos o teu corpo!
Para que/ colectivamente/ o devoremos!

Senhor, eu quero sacrificar-te mais uma vez para o meu Deus, para que eu Te possua, na tua morte e no teu renascimento:

..............................................Sê uma dança frenética
..............................................Sê Carne


(a discreta regeneração, a frequente e cíclica magia!)