AURÉLIO PORTO

CINCO POEMAS NA ACRÓPOLE

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Material genético

O que mais idêntico permanece,
milénio após milénio,
apenas um mícron mudando nas peripécias de Darwin
enquanto toneladas de mármore caem sob o saque dos invasores
e dos canhões,
és tu, com tuas três semanas de vida,
gatinho da Acrópole impassível à sombra de Fídias,
e indiferente ao fotógrafo ocasional.

in Sob o Céu Azul da Grécia, 1995, que integra a colectânea Flor de um Dia, no prelo

Aurélio Porto – Nasceu em 1945, em Cedofeita. Tradutor e professor do ensino secundário, até à recente aposentação. A sua obra poética, coligida sob o título de “Flor de um dia”, está em vias de publicação. Tem colaborado, desde o primeiro número, na “DiVersos – revista de poesia e tradução”. Reside no Porto.