Pedras mortas que ciência imensa reconstitui,
reinventa e reconstrói
enquanto lá em baixo o lençol corrosivo se ergue
subindo a comer o mármore que o desafia.
Onde as pedras vivas que estas pedras ergueram?
Que diriam?
Nada dizem. Apenas estas pedras falam.
Mas é uma língua impenetrável.
O saber imenso das academias vai traduzindo,
e tu soletras.
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Aurélio Porto – Nasceu em 1945, em Cedofeita. Tradutor e professor do ensino secundário, até à recente aposentação. A sua obra poética, coligida sob o título de “Flor de um dia”, está em vias de publicação. Tem colaborado, desde o primeiro número, na “DiVersos – revista de poesia e tradução”. Reside no Porto. |