FERNANDO José da Costa GRADE nasceu no
Estoril, a 1 de Abril de 1943. Poeta, pintor, cronista, ficcionista,
crítico de arte, jornalista, escultor e dinamizador cultural. Cumpriu
serviço militar em Angola (1966-68). A convite do jornalista
Acácio Barradas, foi crítico literário do ABC/ Diário de Angola. Está a
comemorar -- ao longo de 2012 -- 50 Anos de Vida Literária, já que foi
no dia 29 de Novembro de 1962 que viu publicado o seu livro de estreia
("SANGRIA", poemas, Guimarães Editores, Colecção Poesia e Verdade).
Fernando Grade inventou dois heterónimos,
cuja obra literária arquitecta com paixão e empenhadamente divulga: ABEL
SABAOTH(natural do Porto nascido a 6 de Junho de 1936, embora registado
como lisbonense, é professor de Latim, e encontra-se reformado) e AAL
AARÃO (também lisbonês, nado a 30 de Novembro de 1950, economista).
Grade é Poeta com vasta obra publicada,
constituída por 29 títulos, de onde sobressaem "O VINHO DOS MORTOS" (em
5ª. edição), "SAUDADES DE SER ÍNDIO" e a antologia "25 ANOS DE POESIA"
(1962,1987).
Como artista plástico -- desenhador,
pintor, colagista, escultor e ilustrador --, expõe desde 1965.
Participou em 388 exposições colectivas e realizou 16 individuais. Foi
três vezes premiado, em Desenho, com primeiras medalhas de prata, nos
salões da Junta de Turismo da Costa do Sol (XI e XV Salão de Outono e
no VIII Salão de Arte Moderna), e obteve, conjuntamente com Carlos
Calvet, o PRÉMIO DE AQUISIÇÃO do VI Salão de Arte Moderna de Luanda. Foi
critico de arte do "Jornal de Letras e Artes", "Século Ilustrado"e
"Diário de Notícias". Assinou balanços anuais de artes plásticas para o
jornal "O Século".
Foi critico de espectáculos da revista
semanal "Vida Mundial". Cronista (manteve secções individualizadas nos
jornais, entre outros, "A Nossa Terra", "A Capital", "O Século", "A
Bola", "O Mirante" e "Record"), e foi distinguido, em 1994, com o prémio
de âmbito nacional "A MEMÓRIA VIVIDA DO 25 DE ABRIL" -- Crónica:
Associação 25 de Abril/Montepio Geral. Obteve, em 1997, o PRÉMIO
LITERÁRIO HERNÃNI CIDADE (crónica), patrocionado pela Câmara Municipal
do Redondo. E é o autor da antologia de crónicas "O BAIRRO CERCADO".
Ficcionista e prosador ("O CADÁVER DE FERNANDO PESSOA"); jornalista
(chefe da Redacção e director-conjunto do jornal "A Nossa Terra", e
chefe da Redacção e director da revista "Costa do Sol"; recitador; actor
de acção (criador do "TEATRO DE ACÇÂO", Museu de Angola, Luanda,
1967-68). Dramaturgo (autor da peça "A VIDA APARECE SEMPRE QUE
PODE", publicada pela Universitária Editora). Conferencista e
dinamizador cultural.
Foi um dos fundadores do "Movimento
Desintegracionista Português" e, um dos criadores e teóricos do DESINTEGRACIONISMO
(1964-65), que é, até agora, o último movimento da poesia portuguesa.
Em 1964, no Teatro Gil Vicente, em
Cascais, foi o organizador -- na sua qualidade de director da página
literária CIDADELA -- do II ENCONTRO DA IMPRENSA CULTURAL.
Foi o fundador e tem sido o coordenador
desde sempre(1977-2012) dos cadernos de poesia VIOLA DELTA, Edições Mic,
que são os mais antigos cadernos de poesia que se publicam no nosso
país. Foi director da Sociedade Nacional de Belas Artes e membro do seu
Conselho Técnico, director da Associação Portuguesa de Escritores e
director-fundador da Associação Portuguesa de Críticos.
É autor de diversas canções, mormente de
"VAMOS CANTAR DE PÉ" (música de Pedro Osório, cantada, por Paco Bandeira
e, em Inglês,por Paulo de Carvalho), canção distinguida com o 2º.
Prémio do Festival da Canção de 1972. Em
1977, "Vamos Cantar de Pé" foi selecionado e publicado no álbum "Os
Maiores Sucessos da Música Portuguesa".
Durante 19 anos (1977-1996), Fernando
Grade interveio quase diariamente nas escolas secundárias, técnicas e
universidades do País, realizando centenas e centenas de acções, aulas
culturais de INTRODUÇÃO À LITERATURA POÉTICA MODERNA. Assim, puxando
pela imaginação dos alunos, dando-lhes pistas de transgressão do
discurso normativo, incentivando-os de maneira a sentirem que, apenas,
"pela loucura é que vamos!!!" -- F. Grade foi o pioneiro, entre nós, da
disciplina que viria a ser denominada por outros ESCRITA CRIATIVA.
É o sócio efectivo nº 2100 da SNBA
(Sociedade Nacional de Belas Artes), o cooperador nº 459 da SPA
(Sociedade Portuguesa de Autores) e o sócio fundador nº 237 da APE
(Associação Portuguesa de Escritores).
É o presidente do Comité Directivo do
Movimento de Intervenção Cultural (MIC/Edições Mic), desde o inicio --
1976/1977.
www.fernando.grade.webnode.pt