das montanhas em rede
expressiva
As montanhas ondulam sobre refracções locomotivas, são resplandecências
da implosividade cinzenta. E chovem as cinzas dentro das pálpebras
intermitentes do verdejante. Com vermelho e branco ao infinito. A ténue
surrealidade vulcânica que não se reveste à chuva do ontem. Não pelos
agoras. Da obsolescência que era um objecto, desprende-se. No rumo que
apenas o é. E em cada uma dançam duas raposas.
da lux zbálida pelo lado esquerdo
As casulações
casuais das ostras derretem-se à chama prometeica, e de dentro o
vangloriado. Nada. Os catastróficos fazem engolir objectos fálicos pelos
olhos enquanto as pontas dos cabelos fermentam. São impasses entre
pseudo-catarses rugidas por ritmo martelado. Sem nietzsche. As orelhas
assediadas amplificam o ruído dentro do intenso ruidoso. Congratulam-se
magnificências de privatizações aos timapanários sem desaguamento.
Enxurram. Do peganhento um peso da ritualística ao oco. De um baco que
não existe. Bacoco. Já o sempre era no fundo ao lado esquerdo.
Na irreal lux
arrealiza-se, murais que se espiralavam em paraísos artificiais do
silêncio. As sementeiras que se aguardam são guardadas do tempestivo
externo descorrelacionado ao uno verso. Ou como fazer bolhas sem
borbulhar.
O
desencantamento saltita pelas matérias, na gosma sem pneumáticas.
Destribalizar. Banalizar gosmicamente na tribo que não é. Tribanal. Mas
a poética é multiplicagem no interrompido. Entre vistusionismos do
ancestral revivalizado em corpóreo crucificado, e as intermitências
bramidas sustenidas no plano erótico interno. I am not a sexy bitch!
lux natura ad aeternum
Entre quatro
amanitas às seis etapas um sol rachado. A permanência da cinzentude é
núncio do subjectivo desobjectado, com garridos permutados das
sinestesias. Translinguística. Os adornos à energia puritana são
curvaturas de geodesias de mistérios. O permanecem por simplesmente o
serem.
Era pulsão
epidermal do oceânico entre fronteiras ultra passadas. Estados corpóreos
dissolvidos no espaço destemporalizado. Diz-se o silêncio fluido.
Universo que murmura e geme pelo timbre da possessão à cosmogonia do
serpenteado. Sibila o cosmos pela plural versitude. A translúcida saliva
percorre fertilidades emotivas. Transubstanciam-se iluminações
psicofluidas.
O beijo
adjectiva-se na ofegância meditada. Com vontades sopradas às brisas
respiradas. O calor magmático dimanado entre a porosidade penumbrática
extasia quimeras do aconchego. Os fumos ondulam nas geodesias dos
momentos.
Do poético se
desmemoriza. Ramifica a frutificação da matéria catártica em silêncios
de negrume. É a luz bramida dos corpos às estrelas.
da terceira ritualística segundo sacher-masoch
Sentir o frio
ventado pelo fumo incandescente. Cinzelado. Desfiar vermelhos à penumbra
da meditação. O arrefecimento perceptivo. Desenlaçar espíritos
espantados inalando incensários do ontem. Esfumar pensamentos pela lua
dourada. Vistusionar animálias castradas ao vilamento em debilitação da
mente na pequenez da não-cognição. Condicionar em humano. Enregelar os
volumes almicos pela entrega ao pedantismo acordadamente displicente.
E voltar.
Ao horizonte
fendido pelo sol. Emocionar no calor da alma magmática sonhada. E
derreter novamente em catarse termodinâmica. Distensão masoquista do
gelo instigado até ao cume vulcânico. Arquear o lombo. Ronronar a
consciência nos fluidos das colorações cénicas sonhadas.
da dourada chuva
pentagramática
Chover pela
direcção pentagramática na necessidade da contemplação humidificada.
Calidez meditada no dilúvio dos conceitos. Pedestremente lânguida
exaltação do límpido. Era transparência reticular em fogo novo.
Pós-equinocial termodinamização ao equilíbrio sensacional. Da sensação.
E liquidificar pelos alcatrões. Para poder evaporar às estrelas.
Novamente. Extra-elações.
dos dez mundamentos
lux-mentâneos
zero - O beijo é a verdade
epistemológica dos corpos.
um - A consciência fluida
pluriforme fricciona-se às geodesias corpóreas e espuma-se
afrodisíacamente.
dois - As cenouras que
ressuscitam ao terceiro dia derivam do cento e doze colapsado à
glucose.
três - As lulas que fazem
pulsar as libidos nos magmas das iluminuras são caldeiradas das
multidões de nós próprios.
quatro - As essências das
fragrâncias textualizadas à pele são ondulações incensadas como fumo
sobre fios vermelhos.
cinco - Os ciclos naturais
emolduram-se mas não se estancam por se fenderem pela gravura rupestre
do corpo-moldura.
seis – Os espirros
ronronados são mais sublimes que o ronronamento em si, especialmente
quando coturnos podem partir dentes.
sete – A afectividade prenuncia-se no silêncio
erotizado, entre as ex-locomoções inferiores, como elos da máxima
naturalidade do ser terráqueo.
oito – O cheiro do prazer é fraternalmente húmido e
quente, porque o húmus corpóreo prolifera frutos às pontiagudidades dos
galhos.
nove – Os instintos esotericamente germinados não se
corrompem no ruidoso ordenado na desordem, pois o caos é uma outra
coisa.
dez – A inércia da
silenciosidade é a contemplação sublimada ao outro que se ilumina. |