Outros colaboradores do TriploV e Bons Primos que estiveram presentes: Rodrigo Petrónio, Éclair Antonio Almeida Filho, Mário Montaut, Maria Alzira Brum Lemos, Leandro, La Roche, e que me perdoem se esqueci alguém. |
São escórias queimadas tocas ao negro. Com seus anéis De chumbo é a agre Carne humana. Como brilham violentamente as cicatrizes. Tão fundo O fundamento: tocas forte bebes leve pensas louco. Deténs as areias acesas o ar enflorado entre os cometas sobre montanhas e a sua água a uma velocidade branca. Ficas alumiado da espuma da tua corola. Se as mães irradiam leite, fôlego, fosforescência dos botões pequenos: por umbigo te alimentas entre gengivas e língua os mamilos dulcíssimos. A idade desta arte é a da prata aberta idade de quando se espalha. Tudo em nome apenas: árvore, cobra redonda. Isto foi dito às fêmeas flor das coisas o tratamento dos nexos ordem a operação da rosa, e nada é oculto. Que se ilumine o galho onde o ferro talha- e entre espelho e espelho aparta as luzes pelas riscas que sangram. Corres aos nós de glóbulo em glóbulo as tuas linhas de pérolas, ramais, atua seiva rútila. Arranca das madres frias uma fruta cheia fende-a A faca ou dedos Até ao âmago: batam-lhe relâmpagos Um halo a mantenha. quando a substancia apure e arrefeça que inunde a boca a estrela te inunde todo. Danças às vezes nas voragens - pelo poder desse arrebatamento ,ovem-se: a cobra enrolada e a laranjeira ao meios dos meteoros e as mães nos tronos dos territórios silenciosos áureas mães aracnídeas ferrando os ganchos nos tecidos suaves rasgando nos tecidos orifícios vermelhos. As mães devoram-te nos imos, como devoras às cegas e as laranjas na boca profundamente com seu nome pleno a ouro bravio. Águas agrestes minam-te até à transparência e ergues-te obra o torso vibrando com as rosas das cicatrizes. É essa coisa que fazes obscuramente - se um dia és lenha suada ardes da tua própria resina se torneias o vaso dás-lhe pela cinta quieta uma pancada salgada um donaire de onda, tocas na curva da bilha : ficas harmonioso. HERBERTO HELDER |