Em 1928 o grupo
surrealista francês realizou uma série de encontros destinada ao registro
de ideias em torno da sexualidade. Sob a regência de André Breton, dela
participaram poetas como Pierre Naville, Benjamín Péret, Jacques Prévert,
Man Ray, Raymond Queneau, Louis Aragón, entre outros. Há dois aspectos que
apequenam a importância ideal dessa enquete ao vivo: a ausência de
mulheres e a restrição temática que contemplava apenas as preferências
sexuais, tais como gênero, posições, ausência ou presença de orgasmo etc.
Louis Aragón chega inclusive a reclamar dessa induzida contenção de temas.
A partir de sua leitura me pareceram necessárias medidas de ajuste na
configuração do encontro. Sem me preocupar com o fato de que a inversão de
polaridade pudesse refletir uma espécie de revanche, considero
indispensável criar aqui um ambiente para a avaliação das mulheres acerca
parcialmente daqueles temas discutidos em 1928, tratando de ampliar o
quadro temático, dando a ele uma maior profundidade. Também tratei de
buscar a opinião de mulheres não apenas poetas ou mesmo necessariamente
surrealistas. Mesclei idades, profissões e países. Ao conversar com uma
das convidadas, a poeta Leila Ferraz, que optou por não responder ao
questionário, sua justificativa resulta em valioso depoimento, que trato
aqui de reproduzir:
LEILA FERRAZ |
Boa
parte dessas indagações invade o local mágico onde nascem todos os
mistérios que se transformam no meu ato de criar. De certa forma, é o
oculto de meu ser alquímico. O meu andrógino primordial desvelado. As
minhas bocas do desejo que estão além do meu corpo. Parte na memória não
circunscrita ao Sexo. Masculino ou feminino. Minhas memórias da
sexualidade e do erotismo se fundem. E
os rituais do amor, fossem estritamente sexuais ou mentais, sempre foi
abençoado por Eros.
Se
eu me permitisse responder a perguntas tão objetivas, em minha idade,
hoje, estaria fechando os olhos para o sagrado. O intangível. Perderia as
fontes úmidas que se derramam em meus versos.
Outra observação enriquecedora veio
da artista plástica Susana Wald:
SUSANA WALD |
A mi entender el
amor incluye, pero también excede lo sexual. En castellano tenemos dos
palabras para definir lo amoroso: amar y querer. Para mí el querer se
refiere a lo pasional, a lo sexual. Es también algo en que la persona se
refiere a sí mismo en, o incluido en lo amoroso. El amor, en mi léxico
tiene que ver con un acto en que se da, sin distinción de si se recibe o
no algo en cambio.
Os leitores da presente Enquete
sobre Erotismo e Sexualidade, notarão que a expressão do feminino possui
um radical de maior sensualidade, sentido de doação e comunhão, assim como
uma compreensão mais humana e abrangente de todos os temas. Não se trata,
no entanto, de um manifesto contra a expressão do masculino. Embora a
ideia desta aventura tenha partido de algumas discordâncias minhas em
relação aos encontros do grupo surrealista francês, em 1928, reafirmo que
eu procurei dar mais profundidade e sensibilidade a cada questão evocada.
Vamos ao resultado, que, por sua extensão, se encontra dividido em três
partes.
FM |
¿Cuál es tu primera recordación de algo en tu
vida relacionado con la sexualidad?
AMIRAH GAZEL
| El placer que
siempre me aportaron los lápices de color y su olor fue mi primera
relación sexual, no obstante, recuerdo que de manera consciente, a mis
seis años, en un juego inocente conmigo misma, encontrando sensaciones
descubrí –te preguntarás Floriano, que era un poco temprano, pero no creas
las nenas somos muy despiertas–, un lugar secreto en mi cuerpo que
liberaba un torrente de energía mágica y me daba tranquilidad, alegría y
armonía. Curiosidad traviesa que con el tiempo aprendí que era el lado
escondido de la historia sexual. Lo íntimo, lo prohibido para las mujeres:
el placer.
Hoy
una gran parte de nosotras nos vemos fascinadas por dos imágenes extremas
de nosotras mismas: la reina y la salvaje, aunque pocas nos autorizamos de
reconocer las múltiples facetas de la feminidad que nos habitan. Lo que
más nos interesa, actualmente, es la conquista de la libertad, nuestro
amor propio.
La
reina “reina” sobre ella misma y no agacha la cabeza ante la dominación de
los demás. Ella lleva su vida como lo desea, sin compararse con otros, de
manera totalmente autónoma. Ella es reina en su reino.
Mientras que la mujer salvaje no se deja definir por su exterior. Ella
vive desde su interior. Ella no se somete a las normas que se le imponen,
pero vive su vida bajo sus propias reglas y posee el sentido de lo que
conduce hacia la vida y de lo que le impide de existir. Unas lobas, como
nos describe tan bien,
Clarissa Pinkola Estés,
la naturaleza instintiva de la mujer en su libro “Mujeres que corren con
los lobos”.
¿Cómo funciona la mente femenina? Con las mentes de nosotras puede pasar
cualquier cosa… El que una mujer sienta excitación no significa que vaya a
montarse en: “Un tranvía llamado deseo”. Esa naturaleza compleja de la
sexualidad femenina hace interesante el amarnos y convivir con nosotras.
Grandes cantidades de textos, manuales y volúmenes escritos por
psicólogos, sexólogos y toda clase de intelectuales, tratan de explicarnos
cómo actúa la mente femenina, como funciona su sexualidad, algunos de
ellos consiguen encerrar conceptos tan complejos como marcos estadísticos,
en números, modelos y legislaciones reduccionistas, frente a ese
particular encuentro con lo real, lo imaginario, lo simbólico, lo mágico e
inexplicable que es la experiencia amorosa con el otro o con uno mismo.
Me
atrevo a decir amigo que no tengo la información necesaria para hablar de
sexualidad femenina, pero si te puedo decir que tengo la certeza, tal vez
la única, de haber amado desde siempre loca y apasionadamente.
ANA MENDOZA |
No tengo un recuerdo preciso como decir: “la
primera vez que fui a la playa” o
“La primera vez que tuve un paraguas fucsia” de estos hechos tengo
recuerdos. No creo que se pueda tener algún recuerdo de un hecho natural
de la vida, es la sexualidad parte nuestra naturaleza humana, así como el
deseo. No puedo hablar sobre la primera vez que respiré, y si existe un
recuerdo de este hecho tal vez lo sea de manera subconsciente, algo que es
parte de mí, uno solo siente no cuestiona el por qué ni el cuándo.
No debemos hablar de deseo sexual y de sexualidad sin referirnos a
conocimientos previos de en lo que se fundamenta cada cultura. ¿Cuál es la
verdad entonces? Si solo tenemos recuerdos sensoriales, si el mito de la
sexualidad, y del impulso sexual se remontan a las civilizaciones griega y
romana y cada generación vive como vivían sus padres.
Mi recuerdo más vago de índole sexual puede ser el pudor de las mujeres en
ocultar sus cuerpos desnudos de las miradas y de los ojos de los demás.
Esto me causaba gran curiosidad el tabú de los adultos. En casa solía ser
algo natural la desnudez, esto nunca se mezcló con lo sexual, solo era el
cuerpo sin ropa.
Mientras que para el resto ocultar, reprimir e incluso hablar era un hecho
de misterio. He pensado que ló hacían más por pudor, por miedo a la
crítica y a la opinión, miedo de no cumplir normas de belleza y
estereotipos marcados por tendencias preestablecidas que pudieran afectar
sus estados de ánimo y de aceptación dentro de la sociedad y la cultura
actual.
La sexualidad como proceso de conocimiento es un acto de descubrimiento,
de exploración, de reconocimiento, de sensibilización del cuerpo sexuado.
ANA MIRANDA | Menina,
fugindo dos olhos de um homem, ruborizada, me joguei na piscina.
BEATRIZ HAUSNER |
En Chile, tendría como diez años, recuerdo que me gustaba leer (a
escondidas) unas revistas de historias de amor, tipo banda cómica, pero a
base de fotografías. No tenían nada grafico de por sí; más bien era un
sugerirse de situaciones posiblemente sexuales.
BETTY VIDIGAL | É difícil
separar vida de sexualidade. Quem, como eu, tem irmãos e irmãs, sabe muito
bem que há meninos e meninas no mundo. Isso já é uma percepção da
sexualidade?
Um dia uma prima me contou como um
homem e uma mulher fazem um bebê. A ideia não pareceu muito atraente,
naquele momento. E, por alguma razão, ela disse para a mãe dela que tinha
sido o contrário: que eu é que contei isso a ela... Acho que teve medo de
que eu a acusasse de ter me revelado esse grande segredo... E a mãe dela
foi tirar satisfações com a minha, num jantar de família. Gerou uma
pequena comoção.
A primeira revelação de erotismo
veio de encontrar um catecismo de Carlos Zéfiro, pertencente a um tio
solteiro. Comecei a ler pensando que fossem quadrinhos românticos, a
estória começava com uma festa de debutantes... E então – surpresa!
ELIANE ROBERT MORAES |
Não sei se consigo demarcar esse momento inaugural... Creio que a tomada
de consciência da sexualidade é um processo que se faz aos poucos, devagar
e silenciosamente, sem que a gente se aperceba, e – de repente – ela está
lá! A bem da verdade, ela nasce conosco e, inclusive, nos antecede já que
repousa na nossa origem.
ESTER FRIDMAN | Minha
mais remota recordação ligada à sexualidade é de uma ocasião na qual eu
tinha por volta de três ou quatro anos de idade. Minha mãe conversava com
uma amiga que estava acompanhada de seu filho da mesma idade que eu. As
duas conversavam em pé, enquanto eu e o menino, também em pé, nos
olhávamos. Nossas alturas eram a de seus vestidos, entre seus joelhos e
quadris. Não me lembro de quem foi o primeiro, se eu ou ele, a abaixar as
calças, mas os dois abaixaram. No primeiro momento, notamos que éramos
diferentes. Em seguida encostamos os bumbuns um no outro, acho que porque
neles encontramos uma identificação, uma igualdade (risos). Nossas mães,
entretidas em seus assuntos, nada perceberam. Não me recordo da fisionomia
do menino, apenas da sensação.
GISELDA LEIRNER | Tinha
dez anos quando minhas primas mais velhas desvendaram o que seria para mim
o mistério até o meu casamento.
MARIA ESTELA GUEDES
| Não tenho recordações de infância, a
menos que recorra uma fotografia muito sugestiva dos meus 6-7 anos, em que
estou ao fundo de uma escadaria e um adulto me dá a mão para me ajudar a
subir. Na minha imaginação, esse adulto, que não sei quem é, ter-me-á
pedido que tirasse as calcinhas para ele ver. Havia um “se”: “Se fizeres
isso, dou-te…” Pode ser tudo imaginação adulta estimulada pela fotografia.
SUSANA WALD
| Cuando era
niña muy pequeña me impidieron dejar mis manos bajo la cubierta de la
cobija de la cama. Tenía que tenerlas al lado de mi cara "como angelito".
No se debía tener las manos junto al sexo.
VANESSA DROZ |
No fue algo directo o concreto, es decir, no fue con el cuerpo. Consistió
más bien de un descubrimiento lleno de sorpresa y aprehensión. Estudié en
un colegio católico de monjas españolas muy conservador. Durante uno de
los “retiros espirituales” (yo tendría unos 9 o 10 años), uno de los
sacerdotes a cargo nos dio un consejo: que, al despertar, nos levantáramos
inmediatamente de la cama, que nunca nos quedáramos mucho tiempo en ella
porque “la cama conduce al pecado”. Si el sacerdote lo prohibía, tenía que
ver con sexo (no necesariamente con sexualidad), esa “cosa” que no
sabíamos qué era, pero sí que estaba envuelta en misterio. A mis breves
años, comencé a mirar la cama con recelo, pero también con curiosidad.
Después vino lo demás.
FM |
¿El ambiente de realización sexual debe
restringirse sólo en busca de posiciones variando o renovando el placer?
AMIRAH GAZEL
| El espíritu aspira a
ser libre. La creatividad, la imaginación y la espontaneidad en el
encuentro sexual ayudan a acoplar la experiencia de alegría. Este aspecto
en el maravilloso encuentro de la unión sexual, nos permite de
experimentar pulsiones sexuales que abren las puertas al cosmos,
haciéndonos sentir la unión entre lo finito y lo infinito. A través del
inagotable placer.
Si
hablamos de posiciones, “Posiciones” es una palabra que me transporta por
supuesto, directamente al “Kama Sutra”, libro hindú del amor y el sexo por
excelencia. El acto sexual es un honor. Los gestos eróticos o las
posiciones extravagantes, variadas, acrobáticas o no, son solo el
resultado de un clima de un verdadero desfile amoroso, en donde los ojos,
las manos, los perfumes, los colores, las joyas, los poemas, las flores,
la música, los rumores y numerosos signos hablan, expresan todos los
matices de sentimientos, todas las tonalidades del deseo.
ANA MENDOZA |
No, no
hay reglas solo varía según las necesidades de un ser a otro, me preocupa
más la intensidad como se vive, la sociedad de consumo, y lo que funciona
a nivel cinematográfico, o estadísticamente visual nada tiene que ver con
las necesidades individuales. El cuerpo el sexo y la mujer que pasan a ser
un espectáculo que se “ofrece” al espectador nada tiene que ver con la
realidad en la que se desarrolla el acto sexual. La intimidad, la
sensualidad, el erotismo le da un toque mágico a cada experiencia entre
los amantes que viene a ser única.
ANA MIRANDA | Não deve
haver nenhuma restrição, nem mesmo a procura de novas posições, um casal
pode perfeitamente ter mais prazer com a repetição do que com a variação.
O ambiente de realização sexual é estar bem consigo mesmo.
BEATRIZ HAUSNER |
Considero que la realización sexual se puede dar en la repetición de
posiciones conocidas, donde el placer puede ir cambiando y dándose en
forma distinta cada vez. También sucede que se da espontáneamente la
invención de posiciones hasta entonces no probadas. El placer va cambiando
en su intensidad en su proyección según la situación.
BETTY VIDIGAL | Como se
restringir a alguma coisa? Não é algo que permeia tudo e é permeado por
tudo?
ELIANE ROBERT MORAES |
Decididamente, não! O erotismo não se limita a uma pragmática, como quer
nos fazer crer o repertório sempre renovado – mas também sempre limitado –
do mercado pornô. Os caminhos da procura do prazer sexual não se encontram
em um só mapa.
ESTER FRIDMAN | Mais do
que as posições, o que dá prazer é quando as energias batem. Quando isso
acontece, nem sequer percebemos se estamos de ponta cabeça, no chão ou na
nuvem.
GISELDA LEIRNER | O
ambiente sexual pode ser qualquer um quando existe a relação amorosa.
MARIA ESTELA GUEDES
| O ambiente é importante, se por tal
entendermos a casa, o campo ou a praia, distintos de um recanto numa ruela
escura. Quanto às posições extraordinárias, só interessa procurá-las se as
normais, as mais confortáveis, não funcionarem por qualquer anomalia
física. De outro modo, as posições do Kamasutra só não são ridículas, se
praticadas por contorcionistas. Mudanças de posição desconcentram, desviam
os corpos dos pontos de fricção, por isso interrompem o fluxo que leva o
prazer até ao clímax. Essencial, para estimular o corpo, são as carícias,
quer localizadas quer não. É bom que as carícias sejam ténues, porque há
zonas acariciáveis hipersensíveis, em que o demasiado entusiasmo provoca
dor, caso dos mamilos, caso do clítoris, e depois a situação não é
propícia a proibições: “Não faças isso!”. E como a mulher não tem coragem
de falar, tudo se estragou para ela ainda antes do prefácio.
SUSANA WALD
| El ambiente
en que se realiza lo sexual no se puede ni debe restringirse. No se trata
sólo de posiciones en la cama o en otros lugares. El placer puede ser
renovado de muchas maneras.
VANESSA DROZ |
Renovando.
FM |
¿Qué entiende por alquimia sexual?
AMIRAH GAZEL
| Cito alguno de los
conceptos de alquimia que en su variedad y erotismo se unen y nos enseñan
lo mismo:
en la alquimia china lo masculino es el fuego y lo femenino es el agua, se
unen para crear una armonía a través de la cual su condición original es
restituida y consiguen entrar en la unión de la pureza y claridad llamada
“Tao”.
Cada una (o) de nosotras (os) tenemos presente la energía masculina y la
energía femenina más allá de nuestra condición genital. Estas energías
canalizadas nos permiten un equilibrio entre cuerpo y alma.
Nuestros cuerpos segregan líquidos que poéticamente los podemos llamar de
miles maneras, digamos “aguas celestes” que al mezclarse encienden
meridianos permitiéndonos experimentar en conjunto el despertar del
“kundalini” o energía cósmica que duerme en cada uno de nosotros (as).
La alquimia es el arte de transmutar esa energía bruta en energía
afectuosa relacionada con el amor incondicional y luego en energía
espiritual. Hacer el amor es un arte, la sexualidad es sustancia de vida.
ANA MIRANDA | Alquimia
sexual talvez seja a Pedra Filosofal, a panaceia da comunhão perfeita
entre dois corpos e suas almas.
BEATRIZ HAUSNER |
Para mí la alquimia sexual es el vivir una situación donde dos seres se
aman en tal medida que pueden entregarse el uno al otro sin ningún temor,
sin ninguna reserva. Cuando es así se da ese verterse del uno en el otro,
cual vasos comunicantes, en el que una persona renueva a la otra y a sí
misma, en un movimiento sin fin.
BETTY VIDIGAL |
Certamente existe algo que torna uma pessoa cobiçável e única. Felizmente,
esse “algo” não é o mesmo para todos, cada um é atraído por
características diferentes. Devemos chamar de alquimia ao encontro dos
desejos e dos dotes desejados? Fala-se em “uma coisa de pele”. E se for
“uma coisa de cérebro”? Certamente se manifesta através da pele, mas será
realmente “da” pele? Fala-se em “química”, creio mais em “física”.
Eletromagnetismo.
ELIANE ROBERT MORAES |
Para mim, é o ponto de encontro entre o amor e o sexo.
ESTER FRIDMAN | A
alquimia se dá quando as energias são compatíveis. É um encontro de almas,
pois estas tem a ver com o emocional, que por sua vez, está totalmente
ligado ao corpo. Muita gente confunde alma com espírito, mas este não
precisa dos prazeres terrenos, quem precisa é a alma e o corpo. Não é
preciso gostar da pessoa para que ocorra uma alquimia. É um encontro
sexual, não de vidas ou de personalidades. Estas podem ser incompatíveis,
e isso não impede de haver alquimia, desde que a mente não bloqueie.
GISELDA LEIRNER |
Segundo
Anais Nin, “O único transformador, o único alquimista que muda tudo em
ouro, é o amor. O único antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é
o amor.”
MARIA ESTELA GUEDES
| Alquimia sexual é um princípio da
psicanálise jungiana.
Eu precisaria fazer pesquisa
para responder.
SUSANA WALD
| Como la
alquimia busca los cambios profundos del ser humano y en éstos se incluye
lo sexual, supongo que se puede mencionar lo sexual en conexión con la
alquimia.
VANESSA DROZ |
La alquimia sexual es esa agitación entre dos seres humanos,
independientemente de quienes componen la pareja, como resultado de la
exaltación de los órganos sexuales de cada uno/una antes y durante el acto
sexual. Parecería restringirse al ámbito de la genitalia/acto de
penetración. Preferiría hablar de alquimia erótica. Ésta, aunque incluye
el enardecimiento de la genitalia, no está sujeta exclusivamente a ésta y
cuenta con todo el cuerpo.
FM |
De acuerdo con el tantrismo, el acto sexual mágico tiene por satisfacción
máxima el placer de saborear el zumo de un fruto y la gran emoción de la
pasión concentrada en el más alto grado de energía. En este sentido sería
menor el papel desempeñado por el orgasmo. ¿Cuál es tu opinión al
respecto?
AMIRAH GAZEL
| Lo exquisito en el arte de
la sexualidad es disfrutar del placer en toda su esencia. Deleitarse del
gozo del otro es un juego precioso, saborear los frutos jugosos, de
naturaleza suculenta. La fruición se enciende entonces y se enciende,
hasta hacernos perder la consciencia e iniciar el viaje cósmico de
escalofríos, temblores, estremecimientos, subidas y bajadas de energía en
fuego hasta morir en el orgasmo. No olvidemos que la satisfacción es un
factor importante de nuestra salud sexual.
Hay tres clases de tantrismo: El Tantrismo blanco, el Tantrismo negro y el
Tantrismo gris.
El fuego
trascendente se desarrolla únicamente con el Tantrismo blanco. En él no
existe el orgasmo ni la eyaculación del semen. Con este tantrismo se
despierta el “Kundalini”, es decir, el Fuego del Espíritu Sagrado. El
propósito de esta unión es la creación de los Cuerpos Existenciales del
Ser. Retirarse o terminar la práctica de Sexo sin derramar la Energía
Creadora Sexual, es decir
sin eyacular ni llegar al orgasmo.
Esta
práctica debe darse siempre entre un hombre y una mujer, falo dentro del
yoni, y no incluye fornicación. Siempre debe estar presidida por el Amor.
Con esto no quiero decir que no exista el Amor entre dos personas del
mismo sexo.
Los otros dos tantrismos el negro y el gris no buscan transcender por lo
tanto el orgasmo es lo deseado, estas dos prácticas no son
obligatoriamente antecedidas por el amor.
Es un libre albedrío, eyacular en exceso envejece al hombre, en el semen
se pierde mucho zinc, retener en extremo el semen también puede ser
perjudicial físicamente por la presión sanguínea. Como todo, la llave es
la moderación, el orgasmo juega también un papel físico mental importante.
Lo relevante es que la práctica sexual es sagrada, es nuestra energía
creadora que bien canalizada nos brinda felicidad, bienestar, salud y
mucha potencia creativa en otros aspectos de la vida.
El orgasmo es el momento de mayor elevación y placer dentro de la vivencia
del amor sagrado.
La
energía vital es una, pero puede manifestarse en muchas direcciones. El
sexo es una de ellas. Cuando la energía de vida se transforma en
biológica, se vuelve energía sexual. El sexo no es más que una aplicación
de esa energía vital.
ANA MENDOZA |
El tantra o el hecho de un acto sexual ya debe ser mágico por excelencia
sino, no creo que pudiéramos darle más importancia de la que requiere,
todo acto sexual viene marcado por la atracción y la expectativa, por
concentrarse en el hecho de que toda la fuerza esta puesta en el clímax y
el placer de complacer y complacerse, leí una vez “el
abismo donde toda diferencia se extravía”, no siendo la meta el
orgasmo si no todo el recorrido para llegar a un estado donde hay la unión
de lo simbólico y espiritual de las almas, el resultado físico viene a ser
la respuesta de una serie de hechos que nos conectan para sacudirnos de la
inercia y llevarnos a la libertad sin escapatoria.
ANA MIRANDA | Diz um
escritor que o orgasmo é apenas um acidente. Uns dizem que é um
desperdício de energia. Reich dizia que o orgasmo tem uma função
terapêutica. Mas há realmente formas de prazer sem ser o orgasmo. De todo
modo, o orgasmo é algo muito delicioso, para ser desprezado.
BEATRIZ HAUSNER |
Ciertamente, el orgasmo no es la única expresión del éxtasis mágico. Hay
en la represión del orgasmo un cúmulo de energía imposible de comparar con
otras energías. El desahogo que significa el orgasmo le da término a esa
acumulación de energía.
BETTY VIDIGAL | As
correntes de pensamento orientais me dizem muito pouco, embora eu tenha
poemas que falam em mantras e universo tântrico. E tenho muitos que falam
em magia, mas sempre do ponto de vista da cética – mesmo que seja a cética
apaixonada pelo mago.
Já “a grande emoção da paixão
concentrada no mais elevado grau de energia” – isso me interessa. Mas não
precisamos do tantrismo para isso, precisamos?
ELIANE ROBERT MORAES |
Minha opinião? Viva o tantrismo, que erotiza a vida em todos os seus
aspectos!
ESTER FRIDMAN | O sexo
tântrico prolonga o ato, pois seu propósito não é o orgasmo físico, mas a
transcendência. A energia sexual é a mais potente energia que temos, e o
orgasmo interrompe essa potência energética. O intuito é justamnte fazer
com que essa energia toda seja direcionada para outro propósito, que não o
orgasmo. Acho isso fantástico.
GISELDA LEIRNER | O
orgasmo não é mais do que o resultado deste ato sexual mágico fruto do
mais alto grau de energia prazerosa. Não é menor o papel desempenhado pelo
orgasmo.
MARIA ESTELA GUEDES
| Sei, em teoria, de técnicas de
suspensão do orgasmo, mas, segundo a minha experiência não-oriental,
sempre que o meu orgasmo ficou suspenso foi por performance de pior
qualidade do parceiro. Isso é mais frequente do que o desejável e causa
tremenda frustração.
SUSANA WALD
| Por lo que
sé, que es muy poco, en el tantrismo se retiene lo más posible la
excitación sexual, sin dejarse llegar al orgasmo, para poder usar la
lucidez mental que se produce y poder proyectar la energía sexual. En ese
estado mental cualquier otro estímulo, como el ejemplo del zumo de la
fruta, puede ser especial. La energía misma, la pasión concentrada en el
más alto grado, me parece que se proyecta con el orgasmo.
|