FERNANDO PESSOA
Poesias Ocultistas
Organização, selecção e apresentação de João Alves das Neves. 2ª ed., São Paulo, Editora Aquariana, 1996 (extractos)

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A "Besta 666" em Lisboa: João Alves das Neves

3 POEMAS OCULTISTAS:

Meu pensamento é um rio subterrâneo
Ela ia, tranquila pastorinha
Hino a Pã, de Mestre Therion (Aleister Crowley)

Ela ia, tranquila pastorinha

Ela ia, tranquila pastorinha,
Pela estrada da minha imperfeição.
Seguia-a, como um gesto de perdão,
O seu rebanho, a saudade minha...

"Em longes terras hás-de ser rainha"
Um dia lhe disseram, mas em vão...
Seu vulto perde-se na escuridão...
Só sua sombra ante meus pés caminha...

Deus te dê lírios em vez desta hora,
E em terras longe do que eu hoje sinto
Serás, rainha não, mas só pastora -

Só sempre a mesma pastorinha a ir,
E eu serei teu regresso, esse indistinto
Abismo entre o meu sonho e o meu porvir...

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