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A contradição continua quando consideramos a atualidade desta obra em francês de 1821, na qual a vocação evidente é a de ajudar a Carbonária francesa a estruturar-se e a fazer-se conhecer nos seus objetivos. Bourg não somente utiliza um pseudônimo, mas faz também intervir pesadamente o editor com uma severa posição de sobreaviso. A origem italiana dos rituais é assim oficialmente mantida. Ora, na V carta de 12 de julho de 1819 reescrita ao fim da obra, o escrevente sublinha esta afirmação: "Esta sociedade (a Carbonária) tem uma origem francesa." Nestas contradições devemos ver a atitude prudende de Briot-Bourg? Deve-se talvez entender que, depois das agressões de Murat aos Carbonários italianos, os adeptos do carbonarismo adquiriram o hábito de negar oficialmente a sua responsabilidade neste negócio? Teriam criado a Carbonária italiana sem manter a tutela administrativa? Teriam lançado o movimento carbonário antes das missões ao lado de Murat? De qualquer modo, parece razoável considerar como hipóteses melhores sobre a origem dos rituais em questão a transmissão na Itália dos rituais do Franco-Condado de "Alexandre-do-Segredo", esses mesmos saídos daqueles mais pagãos de 1747, operada por Briot em pessoa próximo de 1804. |
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