Elegia em chamas
Arde no lar o fogo antigo
Do amor irreparável
E de súbito surge-me o teu rosto
Entre chamas e pranto, vulnerável:
Como se os sonhos outra vez morressem
No lume da lembrança
E fosse dos teus olhos sem esperança
Que as minhas lágrimas corressem.
In: Terra de Harmonia (1950) |