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OS LIVROS DA WALKYRIA
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O PRINCIPEZINHO - LE PETIT PRINCE - SAINT EXUPERY
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CAPÍTULO III
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Levei muito tempo para compreender de onde viera. O principezinho, que me fazia milhares de perguntas, não parecia sequer escutar as minhas. Palavras pronunciadas ao acaso é que foram, pouco a pouco, revelando tudo. Assim, quando viu pela primeira vez meu avião (não vou desenhá-lo aqui, é muito complicado para mim), perguntou-me bruscamente:
- Que coisa é aquela? - Não é uma coisa. Aquilo voa. É um avião. O meu avião. Eu estava orgulhoso de lhe comunicar que eu voava. Então ele exclamou: |
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Mas ele não me respondeu. Balançava lentamente a cabeça considerando o avião: - É verdade que, nisto aí, não podes ter vindo de longe... Mergulhou então num pensamento que durou muito tempo. Depois, tirando do bolso o meu carneiro, ficou contemplando o seu tesouro. Poderão imaginar que eu ficara intrigado com aquela semiconfidência sobre "os outros planetas". Esforcei-me, então, por saber mais um pouco. - De onde vens, meu bem? Onde é tua casa? Para onde queres levar meu carneiro? Ficou meditando em silêncio, e respondeu depois: - O bom é que a caixa que me deste poderá, de noite, servir de casa. - Sem dúvida. E se tu fores bonzinho, darei também uma corda para amarrá-lo durante o dia. E uma estaca. A proposta pareceu chocá-lo: - Amarrar? Que idéia esquisita! - Mas se tu não o amarras, ele vai-se embora e se perde... E meu amigo deu uma nova risada: - Mas onde queres que ele vá? - Não sei... Por aí... Andando sempre para frente. Então o principezinho observou, muito sério: - Não faz mal, é tão pequeno onde moro! |
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E depois, talvez com um pouco de melancolia, acrescentou ainda:
- Quando a gene anda sempre para frente, não pode mesmo ir longe... |
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