Signos em trânsito

MARIA AZENHA
Foto: M CÉU COSTA
TRIBUTO


Por MARIA ESTELA GUEDES

In: Ana Maria Haddad Baptista, Rosemary Roggero & Ubiratan d’Ambrosio (orgs), Signos artísticos em movimento. BT Acadêmica, São Paulo, 2017


PREAMBULUS
Maria Azenha (Portugal), figura iluminada entre os poetas contemporâneos da nossa língua, conta com umas dezenas de títulos publicados, desde o primeiro, Folha móvel, em 1987. Dois dos mais recentes sairam no Brasil, Num sapato de Dante e A casa de ler no escuro. Os leitores interessados também podem aceder ao portal Triplov, em www.triplov.com, onde encontram bastante trabalho – poesia, ensaio e pintura – a documentar a sua personalidade multifacetada. Se a quiserem ouvir dizer os seus poemas, no YouTube encontram ilustração necessária.

A pintura merece um aparte. Não referindo as exposições em que tem participado, as artes plásticas estão representadas no currículo literário de Maria Azenha por ser autora de textos em livros de pintores com os quais estabeleceu parceria. Isso acontece em Symbolos, de Valdemar Ribeiro, e em De Camões a Pessoa: a viagem iniciática, assinado por Ellys.

O tema dos signos em movimento aponta imediatamente para a escrita. Não será esta movimento dos dedos que manuscrevem ou teclam, movimento de carateres a organizarem-se em palavras, palavras a organizarem-se em frases, frases a organizarem-se em poemas no papel ou no monitor do nosso portátil?

No entanto, a deteção de vetores nesta linha de pensamento não se completa aqui: na arte da grafia, seja manuscrito ou texto impresso, os carateres e as palavras também sofrem mutações, por isso movimentam-se. E é preciso contar com a oralidade, esta, agora, quer em referência, tratando-se de livro, no qual surge no interior dos poemas (em segmentos dialogados, p. ex.), ou então apreensível pelo ouvido o movimento dos sons, como acontece quando declama.

Então teríamos, como primeiro ponto deste contributo, a análise dos signos relacionados com a escrita, em Maria Azenha, cientes de que tal implica uma tendência típica da modernidade, que é a de o texto refletir sobre si mesmo. Por outras palavras, a modernidade, ao ver-se ao espelho, estipulou que um dos seus carateres diagnosticantes, ou um dos seus elementos de identificação, seria a metalinguagem que, no caso, é metapoesia. Porém, o prefixo “meta” não fica limitado a perquirições físicas, numa escritora em cuja obra o “Além” comporta várias dimensões espirituais. A maior parte dos seus poemas revela sinais muito fortes de misticismo, disso sendo um dos mais claros exemplos o livro O último rei de Portugal, rei esse que não coincide de modo nenhum com o monarca imediatamente antecessor da República Portuguesa, D. Manuel II. Neste caso, a movimentação dos signos corresponde ao pensamento e também à Fé, quer no plano religioso quer esotérico.

Temos sempre de deixar de lado as veredas, quando os pés fogem para o conforto das estradas largas. Basta atentar em alguns títulos de Maria Azenha, para se verificar o quanto o movimento os atravessa: Num sapato de Dante, a viajante desloca-se na Divina Comédia; n’ O coração dos relógios, o andamento dos ponteiros revela o que é afinal o movimento, enquanto princípio da Física, e o lugar é bom para informar que a autora foi docente universitária na área da sua formação académica, a Física e a Matemática.  A chuva nos espelhos mostra um movimento da Natureza; Folha móvel, que tanto refere a folhagem vegetal como o papel em que o poema se escreve, fala precisamente dessa movimentação dos signos quando produzem carateres que se vão ligando uns aos outros; De Camões a Pessoa explicita em subtítulo o tipo de movimento que leva do Camões de Os Lusíadas ao Fernando Pessoa da Mensagem: “a viagem iniciática”. Como já referi, o autor deste livro não é Maria Azenha, sim um pintor que se identifica apenas com o nome simbólico Ellys.  Maria Azenha contribui com a matéria escrita, no espírito da História de Portugal esotérica.

Cumpre entretanto esclarecer que a temática de Maria Azenha vai do menor quotidiano ao maior incidente político e à catástrofe mundial: ela está muito atenta ao movimento cívico, à guerra, aos resultados desta, em especial migrações forçadas que são pretexto para genocídio. A autora milita em obra social que lhe forneceria, caso precisasse, um manancial de casos excruciantes para tratar em literatura. Aliás, vendo bem, por a sua experiência da desgraça ser grande é que no extremo a poesia tende para o messianismo, a que na mística portuguesa corresponde a crença na vinda de um rei salvador, D. Sebastião.

O POEMA É UM AUTOMÓVEL
Do outro lado do estacionamento
a luz insiste
na mala impenetrável do poema Aproximam-se
algumas fardas de polícias,
– os cães à vista – 

Temos apostado erradamente o alvo.

Maria Azenha, A casa de ler no escuro 

O poema em epígrafe, intitulado “Ameaça”, no índice do mais recente livro de Maria Azenha, não podia ilustrar melhor o tema dos signos em movimento, ao transferir para o automóvel a sua identidade. O poema é um automóvel, dispõe de porta-bagagem, eis o que significa a mala a abrir pela Polícia num parque de estacionamento. Logo, o poema desloca-se, engole quilómetros, causa distúrbio, ao atrair a atenção dos agentes de segurança pública. Resta saber quem ameaça: se a Polícia, com a prisão, se o conteúdo subversivo na mala do poema.

Não é entretanto o automóvel o veículo mais tipicamente metaforizador do poema, sim, nos livros de caráter místico, como O último rei de Portugal, a nau e a caravela, representantes dos novos mundos que as navegações portuguesas deram ao Mundo.

De modos vários se verifica a movimentação dos signos, na generalidade das nossas experiências quotidianas, e bastará interrogar  os livros de Maria Azenha para acharmos ilustração disso. Ou porque passamos de comboio e os letreiros vão fugindo para trás, ou porque nos deslocamos nós com uma T-shirt que publicita qualquer empresa, banda de música ou evento, ou porque entramos em relação intertextual com outro autor, o que é muito frequente em Maria Azenha, seja este o exemplo: “Aqui há ladrões e fantoches./ Alguém representa o papel de führer” – exclama ela, no poema “Tempos difíceis” (A casa de ler no escuro). Voluntária ou involuntariamente, a autora vai ao encontro de Hannah Arendt, para quem Eichmann era um fantoche, trazendo à tona a sua tão debatida teoria da “banalidade do Mal” que contribuiu para lhe celebrizar a obra filosófica. O Mal não é atributo de pessoas excepcionais, pode ser protagonizado pelas criaturas mais banais e insignificantes, fantoches manipulados por quem se referirá mais tarde como superior responsável. Foi exatamente o que em Nuremberga aconteceu com Eichmann, ao explicar aos juízes que se limitara a cumprir ordens superiores ao mandar matar milhares de pessoas.

O tema do Mal, em modalidades variadas, entre elas a do Holocausto, e mais recentemente as migrações forçadas que têm atormentado a Europa e o Médio Oriente, ocorre regularmente nos livros de Maria Azenha.

O POEMA É ANDAMENTO MUSICAL
É muito sensível, na lírica da autora, a oralidade. Neste ponto, cumpre informar que ela declama habitualmente os seus e versos estranhos. A sua presença como diseuse, em lançamento de livros e em tertúlias, é tão familiar como a de poeta.

A oralidade manifesta-se entretanto no interior dos textos, quer por recurso ao mais óbvio discurso direto, quer pelo mais críptico uso de discurso coloquial. Este falar corrente aparece até em situações das quais, mesmo metafóricas, esperaríamos mais pompa e circunstância, por se tratar de diálogo com criaturas do sagrado. Tal acontece no livro Nossa Senhora de Burka, em que se relata uma visita da santa homónima. Eis a primeira parte do poema:

Nossa Senhora de Burka
vi nossa senhora bater-me à porta
apanhou-me de surpresa
julguei que era a porteira àquela hora da manhã
eu estava de robe e de chinelos chineses
a escrever versos que me doem tanto
já pensei até deitá-los fora atirá-los todos para o mar
vê-los navegar fazer deles caravelas como antigamente
iam por aí sabe-se lá aportar onde
mas àquela hora quem me apareceu
foi nossa senhora de burka
fiquei espantada que havia de dizer
perguntei-lhe se queria entrar delicadamente
eu estava a escrever versos para fora da gaveta
com palavras bravas e escandalosas
ela disse que sim que vinha para ficar
andava à procura do filho que perdera
há mais de dois mil anos

[…]

Voltando aos meios pelos quais o poema se apresenta como oralidade e andamento musical, ele pode ser música e muito concretamente fado. No CD O mar atinge-nos, Maria Azenha declama a sua poesia fazendo-se acompanhar pela guitarra portuguesa, tocada por diversos instrumentistas. Bastava a presença da guitarra portuguesa para nos situarmos no coração do fado, quer coimbrão quer lisboeta. Maria Azenha nasceu em Coimbra, o fado pertence à tradição estudantil das serenatas. É operático e cantado só por homens, ao contrário do fado lisboeta. Géneros musicais distintos, o  fado de Coimbra aproxima-se mais da música erudita, o de Lisboa é francamente popular. Algo porém os irmana, o sentimento.

De facto, um sentimento, característico da alma portuguesa, a saudade, une os dois fados. Transferido para a literatura, desenvolveu-se na “filosofia portuguesa”. Avultam nela nomes de escritores como Padre António Vieira, com a História do Futuro, Leonardo Coimbra, Sampaio Bruno, criador de O Encoberto, António Telmo, com a sua História secreta de Portugal e Agostinho da Silva, estes sobretudo no ensaio, e poetas como Teixeira de Pascoaes, desencadeador da corrente de pensamento saudosista, e o Fernando Pessoa da História mística portuguesa impressa nos poemas de Mensagem. O tema característico do fado e da alma portuguesa é então a saudade que, no saudosismo aliado ao sebastianismo e ao mito do Quinto Império, pode transcender-se em saudade do futuro, o tempo em que aparecerá – título de Maria Azenha – O último rei de Portugal. Não esqueçamos que fado é o Destino e que a história secreta de Portugal aponta para a vinda de um Messias, esse, sim, o Rei que há de vir, por isso último, “último” em dimensão também escatológica, usualmente trave-mestra do sebastianismo: D. Sebastião, O Encoberto.

A estes e outros filósofos e poetas recorre Maria Azenha no livro O último rei de Portugal, uma viagem iniciática que empreende no mais místico dos terrenos literários em Portugal, quer relembrando acontecimentos notáveis, batalhas, reis, navegadores, heróis e poetas, em mais de uma centena de textos, quer deixando-se possuir pelo ritmo e cadência de alguns poemas dos autores invocados, o que denuncia notável mestria no manejo de métricas, ritmos e outro aparato da forma fixa e capacidade de superar a voz estranha com o seu próprio registo pessoal. A título de ilustração,  vejamos como Maria Azenha reescreve à sua maneira “O Mostrengo” de Fernando Pessoa e a passagem de Os Lusíadas sobre o gigante Adamastor. Começa por decifrar o título pessoano no dela, “O Cabo das Tormentas”, e esta descodificação é um complexo movimento sígnico, uma vez que a metáfora corresponde a outra metáfora, eufemística designação geográfica: Cabo da Boa Esperança. Apresentemos então o belo texto em que se reescreve o tema, de que resulta um desfecho original:

O Cabo das Tormentas 

Meus dias, uma sombra Além de lá,

Cumprindo o Destino de um mar sepulto.

Disse-me Deus, em sonhos: Deus não há.

Só fantasmas, ânsias. E um mistério oculto.

 

E o mar em impropérios  fez Continentes,

Vomitou a Terra, o ar e o céu que atravessou;

E, em vários continentes, d’Oriente a Ocidentes,

Ergueu, do sonho negro, o Mostrengo que falou:

 

– Pois venha o que não Há que é já Império,

O sonho que foi morto é já no ventre. –

E Deus, sem porto, nem sombra nem mistério,

Juntou o mar ao céu. Tornou-se crente.

 

Rodou o Mostrengo então. Rodou três vezes.

Três vezes mais rodou além de estreme;

E Deus, da velha Nau, daqueles revezes,

Tornou-se Português. Com Bojador ao leme. 

 

O MISTÉRIO DOS SIGNOS
Também a semântica se movimenta, de modos vários, na lírica de Maria Azenha, entre eles mediante a citação, referência ou desenvolvimento de outros poetas. Acabámos de ver como ela tece, com Camões e Pessoa, uma rede de sentidos própria. Mas já o simples ato de pensar é movimento, deslocação de sons e sentidos no tempo, enfim: oralidade. Nós não pensamos sob modo escrito, sim como fala silenciosa, e mesmo a declamação, para voltar à Maria Azenha diseuse, com livro aberto diante dos olhos, é fala e não escrita, isto é, entre a leitura e a reprodução oral houve um processo de descodificação e interpretação de signos.

Modo comum de os escritores, e não apenas poetas, mostrarem a sua singularidade, é agindo no interior da gramática. Tudo pode ser alterado na linguagem em função de um objetivo criador, que se torna misterioso para quem lê: fonética, morfologia, pontuação, intrusão de desconhecidos sinais gráficos, sintaxe, semântica. Se as referências poéticas recuam à Idade Média, por exemplo, a tendência será para recuperar registos dessa época, como acontece em O último rei de Portugal, em que por vezes transparecem manifestações da coita, o sofrimento causado pelo amor, e outras fórmulas linguísticas hoje anacrónicasDiversas motivações levam os artistas a moldar o verbo à sua maneira, e em geral o impulso tem origem na tensão emocional, como lemos num poema de  Num sapato de Dante: “tenho um garfo atravessado na língua / digo gulher em vez de mulher”.

Na senda de António Telmo, autor da Gramática secreta da língua portuguesa, a fonética e as letras, tal como as palavras, são detentoras de significado cabalístico, um valor semântico que se acrescenta ao registado em dicionário. Vejamos, em De Camões a Pessoa – a viagem iniciática, um exemplo em que a letra “S” se ergue no seu estatuto de labareda, para homenagear o navegador Diogo Cão:

Cumpre o Homem a espada.

Ao alto, o que nele clama.

Em obra tão ousada

Trouxe do padrão o

S

 

A chama.

No poema inspirado no Infante Dom Henrique, promotor dos Descobrimentos, de novo ascende o  sibilante e misterioso sinal, no caso para emergir do Santo Graal, como o Sangue cuja memória o vaso conserva: “Hoje, / Emerge o S da mítica Taça”.

O mistério, em termos específicos, diz respeito a uma linguagem codificada pelo uso de símbolos cuja interpretação correta depende do conhecimento da área religiosa ou sagrada que os avaliza. A cruz, por exemplo, só pode ser interpretada corretamente numa igreja, se conhecermos a iconografia cristã, e antes disso precisamos de conhecer alguma coisa da História do Cristianismo. Se à cruz juntarmos a rosa, ficamos com os dois símbolos mais identificadores da Ordem Rosa-Cruz.

VIAGEM NO LUGAR DE QUEM DIZ
Em Maria Azenha encontramos por vezes uma linguagem secreta, mensagens ocultas num dizer corrente, manifestas de várias maneiras, e digo “manifestas” porque o segredo é como um botão de rosa: abre-se. Então, além de outros exemplos, vemos uma curiosa manifestação de segredo na autoria (muito discreta, é preciso procurá-la com lupa) dos textos preambulares do livro verde (digo “verde” porque um dos nomes da linguagem secreta é “língua verde”, alusiva ao mistério da floresta), livro verde, repito, intitulado De amor ardem os bosques. Em aparência, o autor, Mestre na “língua das aves” (ou língua verde…), preferiu manter-se numa posição velada. Eis um cisquinho do que ele nos pode ensinar:

«o homem é uma planta celeste, o que significa que é como uma árvore invertida cujas raízes tendem para o céu, e os ramos para baixo, para a terra».

Em diversos poemas a autora declara chamar-se “Maria” em tom de desafio, enfrentando a própria mãe com um nome que não é o do batismo. Como se o nome escolhido fosse uma arma, e forçoso então será interrogarmo-nos, porque nomes simbólicos como “Maryah” identificam o iniciado em determinado ritual, mas não detêm poder agressivo, a menos que encaremos a hipótese de que um ritual diverso do familiar, num país maioritariamente católico, corresponde a uma ruptura com o costume, a um movimento de dissenção e desafio.

Não obstante a vivacidade destes elementos no interior do poema, é talvez mais inquietante ainda outro modo de os antropónimos dialogarem entre eles e connosco, caso da irrupção de um alterego n’ A sombra da romã. Maria Azenha assina o livro, mas outra entidade surge como autor, movendo a poetisa a interrogar-se, no texto preambular:

“Afinal quem sou?”.

Chama-se a entidade Samuel Prado, nome com ressonâncias bíblicas de uma parte, e da outra campestres, bem ao gosto jardineiro da autora, cuja obra se encontra semeada de rosas. Samuel Prado  é o enunciador dos poemas, muito curtos (em geral dísticos, não ultrapassam outros os cinco versos). Essa personagem tem por única tarefa a adoração da Amada. Totalizam cinquenta e um belíssimos micropoemas que nos trazem à memória e ao ouvido o Cântico dos Cânticos e por isso Herberto Helder também, pois este verteu para a sua linguagem a de Salomão:

14

Volta, Amada, não suporto mais a solidão das águas.

Um demente espia o meu coração.

 ~~~~ 

33

Amada, levaste-me a beijar a boca de Deus.

E fiquei louco. 

~~~ 

34

Um diamante aflora às jóias do firmamento

É a minha Amada nos braços fulminantes da noite.

 Risoleta Pinto Pedro assina o posfácio de A sombra da romã, no qual fala da Árvore da Vida. Com ela termino a minha jardinagem  nos vergéis de Maria Azenha: «Cheguei à última página. Regresso ao início. Mas agora, só eu e os bagos da romã. Digo, os jardins e suas sombras».

 

OBRAS DE MARIA AZENHA REFERIDAS
– Folha móvel. Lisboa, Edições Átrio, 1987.

– O último rei de Portugal. Lisboa, Fundação Lusíada, 1992.

– O coração dos relógios. Lisboa, Editora Pergaminho, 1998.

– Poemas ilustrativos de Maria Azenha em Valdemar Ribeiro, Symbolos. 2001.

– Nossa Senhora de Burka. Coimbra, Edição Alma Azul, 2002.

– Poemas de Maria Azenha em Ellys, De Camões a Pessoa – a viagem iniciática.  Lisboa, Sete Caminhos, 2006.

– A chuva nos espelhos. Coimbra, Editora Alma Azul, 2008.

– O mar atinge-nos. CD. Portugal, estudio@metrosom.web.pt, 2009. Poemas ditos por Maria Azenha com acompanhamento à guitarra portuguesa de Octávio Sérgio, Manuel Mendes, Gentil Ribeiro, Armindo Fernandes, Manuel Gomes, António Jorge e Carlos Ligeiro.

– De amor ardem os bosques. Edição de Autor. Impresso em Vila do Conde, 2010.

– A sombra da romã. Lisboa, Apenas Livros, 2011.

– Num sapato de Dante. São Paulo, Escrituras Editora, 2012.

– A casa de ler no escuro. São Paulo, Editora Urutau, 2016.

 

Ana Maria Haddad Baptista, Rosemary Roggero & Ubiratan d’Ambrosio (orgs)

Signos artísticos em movimento
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