MANUEL A. SOUSA
Tributo
pouco me importa se é (ou não) arte. mas é, certamente, uma cousa e são as cousas que me fazem mover, atravessar nuvens de cigarros esfomeados
uso informações
— as que me agradam e algumas que me desagradam em absoluto
e
— janelas de ajuste (graphic user)
a forma de apresentação lembra sempre (ou pode lembrar) “design” gráfico — em dívida com a subordinação luz-guia?… nunca!
antes num processo de forma não hierarquizada
a “tela” de leitura é (aqui) mais opaca, é uma janela de transporte para outros mundos — os do imaginário e, quiçá, do caos
não é, de todo, 3-D e os seus menus (à esquerda do painel de control do computador) poderão favorecer experiências imersivas da escrita-imagem (mesmo as que possam dizer respeito ao acto dramático)
[a ilusão evapora-se por mor de activismos interativos específicos que se aproximam do foco
momento-a-momento
para lá do acaso]
o percurso tem sido esse (não/nunca/convencional)
é ler/ver as velhas “bicicletas” de papel (revistas) e os actuais “crcodarium” — estas últimas edições interrompidas pela acção de um qualquer vírus
é ver/analizar as acções de uma “mandrágora” sempre em processo e em progresso (40 anos de vida associativa)
estas cousas não são mais que um pequeno camião — transportando reivindicações “profundas” de ilusão ao estilo teatral — não. não se detêm diante da complexidade das tarefas que esses actos solicitam
é, pois, como abrir constantemente várias janelas redimensionáveis que permitem supostas fixações. as que, em segurança de qualquer olhar unificador, podem facilitar o circuito dos alcatruzes
tudo o mais que se podesse (aqui) dizer contemplaria outras cousas. as que se referem a percursos mais instituídos (data e local de nascimento, profissões, rotas académicas & etc) que pouco interesse terão para o “escrevente” e, até, para o “lerente”
nota: outras leituras em destaque, num qualquer painel de controlo