NICOLAU SAIÃO
Tributo
Nicolau Saião – Monforte do Alentejo (Portalegre) 1949. É poeta, publicista, actor-declamador e artista plástico.
Participou em mostras de Arte Postal em países como Espanha, França, Itália, Polónia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e Austrália, além de ter exposto individual e colectivamente em lugares como Lisboa, Paris, Porto, Badajoz, Cáceres, Estremoz, Figueira da Foz, Almada, Tiblissi, Sevilha, etc.
Foi chefe-de-redacção do jornal “A Rabeca” e seu administrador-delegado, dirigindo nos meses imediatamente antes e a seguir ao 25 de Abril a Página Cultural por si criada. Também colaborou durante vários anos, com crónicas e temas culturais diversos, no “Distrito de Portalegre”.
Em 1992 a Associação Portuguesa de Escritores atribuiu o prémio nacional Revelação/Poesia ao seu livro “Os objectos inquietantes”. Autor ainda de “Assembleia geral” (1990), “Passagem de nível”, teatro (1992), “Flauta de Pan” (1998), “Os olhares perdidos” (2001), “O desejo dança na poeira do tempo”(2015), “Escrita e o seu contrário” (2020).
No Brasil foi editada em finais de 2006 uma antologia da sua obra poética e plástica (“Olhares perdidos”) organizada por Floriano Martins para a Ed. Escrituras. Pela mão de António Cabrita saiu em Moçambique (2008), “O armário de Midas”, estando entregue o “Poemas dos quatro cantos”(antologia). Em 2011 a Ed.Escrituras (São Paulo) publicou o seu livro “As vozes ausentes”, uma vasta junção de textos diversos em prosa. Fez para a “Black Sun Editores” a primeira tradução mundial integral de “Os fungos de Yuggoth” de H.P.Lovecraft (2002), que anotou, prefaciou e ilustrou (depois também saída na Editora Nephelibata, de São Paulo) o mesmo se dando com o livro do poeta brasileiro Renato Suttana “Bichos” (2005).
Organizou, coordenou e prefaciou a antologia internacional “Poetas na surrealidade em Estremoz” (2007) e co-organizou/prefaciou ”Na Liberdade – poemas sobre o 25 de Abril”.
Tem colaborado em espaços culturais de vários países: “TriploV”, “DiVersos” (Bruxelas/Porto), “Albatroz” (Paris), “Os arquivos de Renato Suttana”, “Agulha”, “Cronópios”, “Jornal de Poesia”, “António Miranda” (Brasil), “Mele” (Honolulu), “Bicicleta”, “Espacio/Espaço Escrito” (Badajoz), “Bíblia”, “Saudade”, “Callipolle”, “La Lupe”(Argentina) “A cidade”, “Petrínea”, “Sílex”, “Colóquio Letras”, “Velocipédica Fundação”, “Jornal de Poetas e Trovadores”, “A Xanela” (Betanzos), “Revista 365”, “Laboratório de poéticas”(Brasil), “Revista Decires” (Argentina), “Botella del Náufrago”(Chile)…
Prefaciou os livros “Fora de portas” de Carlos Garcia de Castro, “Mansões abandonadas” de José do Carmo Francisco (Editorial Escrituras), “Estravagários” de Nuno Rebocho e “Chão de Papel” de Maria Estela Guedes (Apenas Livros Editora).
Nos anos 90 orientou e dirigiu o suplemento literário “Miradouro”, saído no “Notícias de Elvas”. Co-coordenou “Fanal”, suplemento cultural publicado mensalmente no semanário alentejano ”O Distrito de Portalegre”, de Março de 2000 a Julho de 2003.
Organizou, com Mário Cesariny e Carlos Martins, a exposição “O Fantástico e o Maravilhoso” (1984) e, com João Garção, a mostra de mail art “O futebol” (1995).
Concebeu, realizou e apresentou o programa radiofónico “Mapa de Viagens”, na Rádio Portalegre (36 emissões) e está representado em antologias de poesia e pintura. O cantor espanhol Miguel Naharro incluiu-o no álbum “Canciones lusitanas”.
Até se aposentar em 2005, foi durante 14 anos o responsável pelo Centro de Estudos José Régio, na dependência do município de Portalegre.
Proferiu palestras e conferências sobre Arte e Literatura em Portugal, Espanha, Itália, Canadá e Brasil, tendo estado presente por diversas vezes em eventos efectuados em Montargil. Participou nas Comemorações dos 500 anos de Amato Lusitano, em Castelo Branco e representou Portugal na Celebração de Miguel de Unamuno levada a efeito em 2012 pela Universidade de Salamanca, bem como na Bienal do Livro 2008 de Fortaleza, capital do Estado do Ceará e na Exposição Internacional de Pintura “O Umbral Secreto” de Santiago do Chile.
Foi presidente, durante várias gerências, da Assembleia Geral do Centro de Trabalhadores de S. Cristóvão-Atalaião e director da sua Secção Cultural, bem como vice-presidente do Clube de Futebol do Alentejo e director do sector geral da cultura (biblioteca e sessões) desta colectividade.
É membro honorário da Confraria dos Vinhos de Felgueiras. Em 1992 o município da sua terra natal atribuiu-lhe o galardão de Cidadão Honorário e, em 2001, a cidade de Portalegre comemorou os seus 30 anos de actividade cívica e cultural outorgando-lhe a medalha de Mérito Municipal.
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