Modernidade e feitiçaria: Baudelaire, leitor do século XVIII

 

Tributo a CHARLES BAUDELAIRE 
Org. ALESSANDRO ZIR


Reginald McGinnis

Em páginas célebres consagradas à forma como “Baudelaire se vale da feitiçaria”, Georges Blin chama atenção para uma carta de 28 de março de 1857 em que Baudelaire se dirige ao seu editor Poulet-Malassis: “De nada além que de lembranças de leituras, da época em que eu lia o século XVIII”, “eu lhe teria feito um fascinante catálogo” não apenas de filósofos, romancistas ou viajantes, mas também de “curiosidades relativas à feitiçaria e às ciências místicas“. Dessa carta evocando lembranças de leituras do século dezoito, Blin passa à consideração de autores contemporâneos de Baudelaire, para não mais voltar a esses livros do século precedente, de que Baudelaire teria feito um “fascinante catálogo”. Mas em que livros pensa Baudelaire? E o que é que esses livros, supondo que se possa identificá-los, nos ensinariam sobre ele? Se, para Blin, essa carta vem apoiar a asserção de que Baudelaire dominava, e “muito bem”, a literatura sobre feitiçaria, para Claude Pichois, ela poderia “servir de texto a um longo estudo sobre Baudelaire e o século XVIII”. É nessa dupla perspectiva, inspirada de Blin e de Pichois, que abordarei, pelo viés da feitiçaria, a relação entre Baudelaire e o século XVIII…

 

Modernidade e feitiçaria

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revista triplov

SÉRIE VIRIDAE / 03 / CHARLES BAUDELAIRE

Portugal / Dezembro 2021