MARIA ESTELA GUEDES
Boas Festas para todos, autores e leitores do Triplov, Boas Festas para todos, sejam cristãos, sejam aqueles para quem o Natal nada significa.
Isto para dizer que o Tripov é plural, multilingue, internacional, e mais uma vez esses valores, que privilegiam o Homem e as suas Artes, Religiões e Ciências acima das contingências pátrias, históricas, culturais e linguísticas, foram apelativos para uma instituição que também os perfilha, o CLEPUL – Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Na pessoa da Profª Annabela Rita, coordenadora do CLEPUL (e cabeça de diversas outras instituições) desejo Boas Festas ao Centro e membros associados. Desejo-lhes ainda boas vindas ao Triplov e boa utilização dele. Com a entrada de um Conselho Científico no site, acompanhado pelas Instituições Associadas, prepara-se igualmente a entrada de duas revistas do CLEPUL nas nossas instalações, por conseguinte ambas de origem universitária.
A nossa rede de contactos com o cibermundo vai alargar-se, esperando nós que esta nova assembleia beneficie aqueles que sempre constituiram o corpo maioritário do Triplov e sua audiência: poetas, artistas plásticos, ficcionistas, ensaístas, estudantes e professores universitários.
Por aqui, entretanto, nem tudo corre no melhor dos mundos possíveis. O Triplov é um site de nível universitário mas não está alojado (nem pretende estar, enquanto eu for viva) nos servidores da Reitoria, tal como não recorre a técnicos disponibilizados pela Universidade. Por isso as despesas correm sempre por minha conta e há uma que não quero fazer, pois a tarefa pode ser distribuída por todos nós, mediante a divulgação e partilha pelos contactos de email e redes sociais de cada um: essa despesa é a de envio de emails, que agora os servidores já não permitem (à razão de milhares, claro), para que tal possa ser requisitado como serviço extra. Então acabaram as newsletters e envios de índices. Esse serviço, além de muito caro, é problemático, pois emails que sejam devolvidos e reenviados, por exemplo, pagam segunda vez e acontece pessoas queixarem-se de contas monstruosas.
O Triplov e eu temos páginas no FaceBook, onde regularmente publico notícias que nos dizem respeito, o Triplov Blog, além de factos culturais alheios também nos noticia a nós, mas isso não deve dispensar os interessados de verificarem in loco o que vai sendo publicado. A Revista Triplov sai de três em três meses, mas quer o Triplov quer as suas dependências editoriais – Triplov Blog, Triplov.com Áudio, Canal Triplov no YouTube (todos exibidos na fachada) – são atualizados continuamente.
E agora mudo o rumo à conversa para temática que seria apetitosa para Umberto Eco, e tanto a matéria era importante que lhe dedicou um livro: listas. Falemos de listas, essas portas indispensáveis ao acesso ao conhecimento, essas ferramentas que um dia próximo vão desencadear protestos deste teor:
– Estou com uma neura que nem imaginas! Então, sabes lá! Apareceu aí nas livrarias um livro com a lista das revistas literárias portuguesas, montes de comentários, está lá a Revista Triplov, calcula! Está lá a Triplov e a minha, nem uma palavra! Nem uma palavra sobre a revista do António, a da Joana e muitas mais! O autor tratou-as como se nem existissem! Isto é tudo uma capelinha, quem não pertence à paróquia, já se sabe!…
Não, amigos, não há capelinha nenhuma, simplesmente o Triplov, em certos domínios, é intransigentemente profissional, portanto faz listas. As vossas revistas não serão mencionadas porque não dispõem de índices. Não tendo índices=listas=inventários, ninguém adivinha qual o seu conteúdo. O TriploV e a Revista Triplov têm índices que me consumiram anos de trabalho manual, mas um desses trabalhos, felizmente, acabou.
De um relatório enviado pelo Engº Magno Urbano, nosso operador técnico e webdesigner, como sabem, cito o que diz sobre a criação do Índice de Autores. Esse índice unifica os das três séries da revista: série floriana (em companhia de Floriano Martins), nova série e atual série gótica. Diz então o Magno:
«Deu um trabalho medonho mas finalmente terminei o índice. O trabalho decorreu da seguinte maneira:
- Fiz um programa no meu mac para extrair os dados das 26 páginas dos índices antigos da maneira mais limpa possível. Isso demorou 2 dias.
- Os dados foram postos num ficheiro de texto plano e 12 horas de trabalho manual depois estavam prontos para uso.
- Os dados foram incorporados num programa em PHP e inserido no wordpress.
- O programa lê essa base de dados dos índices antigos, lê a base de dados dos artigos da revista do WordPress, combina os dois, ordena e cria o índice total.
Portanto, esse índice é dinâmico, ou seja, à medida que criares novas páginas para a revista e as classificares nos respectivos autores, essas novas páginas vão aparecer no índice total.
O novo índice geral dos autores está no banner AutoresNossos, em:
Espero que gostes pois eu fiz como pediste… repetido o autor e a obra/link, assim como estava nos índices antigos.»
Sim, gostei muito, Magno. Entendo o teu desagrado estético pela repetição, mas só quem faz investigação regular ou já trabalhou numa biblioteca sabe os distúrbios que causa uma lista de vários títulos do mesmo autor, quando o autor só é mencionado da primeira vez. Não! As referências têm de estar completas, o autor acompanha tantas vezes as suas obras quantos forem os títulos delas. De certeza que Umberto Eco aprovaria as minhas considerações neste domínio que é utilitário e não de artes gráficas.
Agradecendo os votos de Boas Festas que já nos foram enviados, renovamos os nossos e desejamos um 2018 de bom companheirismo e excelente produção cultural no Triplov e suas dependências, em especial Revista Triplov de Artes, Religiões e Ciências.
Brinquem com o Índice de Autores, é a minha prenda de Natal para vós.
meg/18.12.2017
© Revista Triplov . Série Gótica . Inverno 2017