MARIA AZENHA
Foto: M CÉU COSTA
TRIBUTO
Por ROGEL SAMUEL
Rogel Samuel, (Manaus, 2 de janeiro de 1943) é um ensaísta, poeta, crítico literário e romancista brasileiro. Natural do Estado do Amazonas, lecionou na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), tendo-se aposentado como Professor Adjunto Doutor, naquela universidade fluminense. Desde 2011 Rogel Samuel é sócio-correspondente da Academia Amazonense de Letras.
Seu livro novo, “De amor ardem os bosques“, é um dos seus melhores livros.
Difícil, obra que desafia o crítico. Metafísica da floresta. Dos bosques. Ecologia pura. Azenha não deixa decifrar fácil.
As florestas, os bosques, ardem nas queimadas, na destruição sem cuidado.
“O desflorestamento é uma das intervenções humanas que mais prejudica a sustentabilidade ambiental na Amazônia.
Na região amazônica, a desflorestamento já removeu 17% da floresta original. Além disso, extensas áreas do bioma Amazônia abrigam florestas empobrecidas e degradadas por queimadas e exploração madeireira predatória” dizem os especialistas.
Em Maria Azenha a coisa se complica:
“No lago mais profundo repousa a jóia do bosque.
é esta a última palavra”
O livro é a mim dedicado. Talvez por minha raiz amazônica. O livro tem uma massa de silêncio e ouro. Tudo ali reluz como num sonho, em filigranas de ar, em cântaros de luzes do sol, poesia pausada pela inteligência dos bosques, escrita entre as sombrias grutas da floresta.