Testemunho de juventude

 

MANOEL TAVARES RODRIGUES-LEAL
Tributo
Org.: Luís de Barreiros Tavares


Publicado originalmente em «Pessoa Plural». E também em:  https://escrita-fone.blogspot.com/search?q=jos%C3%A9+Manuel+dos+santos , e outros locais.


JOSÉ MANUEL BOAVIDA DOS SANTOS
José Manuel Boavida dos Santos (Portugal). Professor de Filosofia, Associado com Agregação (UBI – Universidade da Beira Interior).

“Manoel Leal (era assim que eu o tratava). Convivi bastante com ele num período que vai de fim de 1969, quando o conheci num café do Areeiro, a Maio de 1972, altura em que saí de Portugal. Regressei em 1994; no intervalo vim muito raramente a Portugal, com estadias muito curtas de alguns dias. Encontrei-me com o Manoel, nestas curtas estadias, duas ou três vezes; uma vez em Paris. Depois de 1994 encontrámo-nos uma ou duas vezes. O Manoel era um amigo exigente e difícil.

No período 1969-1972 foi alguém muito importante para mim, que me marcou muito, e que estimei muito. Retrospectivamente, penso que o meu afastamento, depois do meu regresso, foi sobretudo motivado pelo desejo de não ‘perturbar’ a memória do período 69-72, em que a nossa relação foi profunda. Estou consciente de que, para um observador externo, esta atitude parecerá egoísta” (testemunho de José Manuel dos Santos, por e-mail, em 17-08-2017). Quanto a Manoel Leal sobre José Manuel Santos: “Eu e o José Manuel dos Santos tínhamos um projecto para abrir uma livraria e tabacaria no belíssimo café Londres em 1972. Mas, entretanto, foi-nos comunicado pelos patrões do café que o espaço tinha sido vendido ao Banco Espírito Santo. Por esta altura estavam lá sempre os cineastas João César Monteiro e a Margarida Gil”.


MANOEL TAVARES RODRIGUES-LEAL

Série Gótica . Verão 2020