Piedades revolucionárias acabam com o coração na guilhotina.
Faço expedições a criaturas para que me negue exemplarmente.
A rápida perseguição das coisas aos meus milimétricos estados.
Cuidados redobrados fomentam outras negligências.
Aprimoras o descontentamento como se te fizesses infanta.
Esperanças de perdedor não fazem pé-de-meia.
Assim a vontade prego aos que em vontades ardem – e de si se consumindo arde o lume para extinção ... ou para desmesuroso incêndio.
Dois são os amores que desconforto, duplicando-me em coloridos desesperos.
Os andaimes da perversão estão em saldos no inferno.
Macula-me o orgulho com sujíssima pureza.
Definham os anjos em velhos carroceis de feira.
A dúvida aguça-me o olho – atiro dardos como falsa cupida: a pura fábrica de paixões não separa o bom do mau, mas mescla-os pertinentemente, toda a moraleza conturbando.
A mão transpira nas façanhas.
Este venal estado lambusava-a, mas não a enlanguescia.
Chilreia essa alimária lenta que sempre doce foi.
Odeio-a com ganas sempre renovadas, como se cada dia fosse um inferno ainda mais preciosamente preciso.
A linguagem não precisa de autoestradas para juntar rápidamente tudo o que é dispar.
Abusa do tom delicado – mas utiliza a galanteria a conta-gotas.
A alma bifurca-se sempre que pode porque é atraída por um íman que torna tudo revolto, mas que este vortex não se confunda com os pruridos do pecado.
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