A rebeldia é como um furacão que redestribui os poderes.
Nuvens encorpam-se como se nos quizessem derrotar.
O externo cal da hipocrisia aquece-te internamente as fuças e amarga-te as indiferenças russas.
Devora-me sem aluguer.
Desvaneces-te em amancebamentos vagos.
És herdeira do inacabável.
Deves ter em conta, antes de os provar, que os extremismos estão armadilhados.
Podemos encenar a severa partilha do que não se pode herdar – tu ficas com o meu, e eu fico com o teu corpo. Seremos só nossas.
Acabarei por vender-te com inclementes impostos variadíssimas horas de remorso.
Ao dizer femininamente as generalidades tornam-se tão pessoais.
A morte é o grande pretexto que faz transaccionável o sagrado.
Os meu amores febrilmente me enlanguescem – não que me entregue a uma doença como a obscuro bicho de demasiadas patas, mas porque a arte amatória é viral.
Para uns o mal é um dever de veludosa estirpe – com esses não alinho em sarabandas de decadência.
Só descreves porque prescreves.
Apetite incerto de um verão pavão.
A razão vacina contra muita medecina.
Inauditos excertos de imanentes excepções.
Torna a zebra mais ácida.
Com café o aleatório é mais frenético e escuro.
As verdades também se bronzeiam.
Labirinto exótico de expressões rafeiras.
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