Sinto-me um crocodilo num duche de hotel – tenho a barriga vazia.
O orgulho do texugo não lhe diminui o fedor.
Amor é meu sino e sina, o meu seno e coseno, o ângulo didático e o tão caro ódio do virtude - ou ódio de pecado, aterrando em amar culpável.
Cupido vegeta destemperado nas louças àcidas. Porque a carne antes de ser trucidada pelo verbo saboreia o seu subito momento de porcelana.
Consulto o I ching para me apoderar do acaso, como de um petisco – este é o irroubável tesouro!
O mundo é fetichista – existe para contemplar vezes sem conta o prazer dos que vão morrer.
Surfa como um cigano.
O verso pode ser estéril, mas o orgulho nele posto enche as medidas da alma. Music for a while!
Porque é tão fremente o mundo? Para variar a vibração!
Os relances de olhos fazem razias na razão.
Sustento a invenção favorecendo as ervas daninhas.
Cada palavra diz quão fundo a desconhecemos. Ou o quão superficialmente se desconhece?
|