Os teus elogios são uma estratégia de pânico, como os selos que apocalipticamente abrem o que não sabe se se quer sequer revelável.
Abanicas em ti o tebano tirano, mas essa aragem não retira grilhões à consciencia – então constatas um fundo falso nas mães, por mais que as suas mãos relembrem antigas caricias e consumiveis peitos.
Desencantando encantadores livros me seduzes, mas não nupcialmente. Cruzes...
E assim ame, como um assassinato mal planeado, ou em retóricos sequestros vindos de retocados lábios.
O amor é douto antidoto de sabedorias.
Rugosas palavras amaciam-nos a pele, mesmo quando tomadas de empréstimo.
Simpatias de vácuo não vão para a cama com amizades recentes.
A sua pintura embrutece-nos as almas e põe-nos o sangue a trepar pelos mármores onde se assinalam as figuras futilissimas de faunos erectos.
Somos mais lisonjeiras quando abusamos.
Tu fazes de mim uma crioula, como se amar-te fosse uma necessidade só minha – o teu amor-próprio precisa de pinturas alheias, e de saber que nos teus parapeitos me inclino em anseios como uma furiosa feira de venenosas vaidades.
Débitos de poeta não recheiam romances.
E quanto a relatórios, pontue a seu bel-prazer a indizibilidade do extase, mas não o enxarque em adjectivos... afinal não passa de uma selva de grunhidos!...
O fremir dos clavicórdios torna modernas as belezas subterraneas que desfilam no desfiladeiro do estilismo.
Vem demasiado curto, mas se for valoroso saberá, com o devido respeito, crescer.
Sabes honrar decentemente como quem usa o silencio em maiores danos.
Dado que a beleza, não sendo voluntáriamente muda, é decerto o que mais muda...
Este tumulto no qual te entregaria de mãos beijadas a vida não tem vontades de se vulgarizar em placidez de túmulo.
Prefiro-me enxovalhada e enxuta do que enlatada em legados lamechas.
Imaturas somos no como nos guerreamos, por mais que nos alojemos em razões exemplares.
Exemplar é a reciprocidade bem ajardinada.
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