E muitos são os que adulteram falsamente, porque a si não pertencem, nem a outros, quanto mais à rede que os espia compulsivamente.
Aos meus desvarios chamo escorpiões da destemperança.
Empolgada decifração de uma obscura evidência.
O desfazamento não é entre mim e o outro, mas é entre a inconsistência do mesmo, que não se identifica nem como unidade degradada, nem como descalabro exótico.
O presente é babilónico, mas não dispensa o guacamole.
Auto-adulteramos com muita frequência porque temos necessidade de pôr cornos na consciencia.
A inactividade nativa era revigorante – nós eramos estranhas e ocidentalmente moles na incapacidade de estar bem quietas.
Remanescerá, como se a data da eternidade estivesse escrita no calendário.
As nossas faculdades animais faziam render o obscurecimento, como se fora um lucro partilhável.
Registo adolescente de uma excentricidade palpável – que depois se torna banalidade, ténue vício sem cumes profiláticos.
Realças a rebeldia, mas acabarás mais burguesa do que uma vaca anafada de familias reais.
Atribulada cilada? Ou é um efeito do tempo – armadilha que se propaga naturalmente à linguagem. Ou não será o absoluto a traição mais inclemente?
A cobra enrosca-se na pirâmide... limpas a vista com o piassaba e já não é mau – haverá uma vista anterior, incontaminada? Ou preferes a sujidade pouco épica das escarafunchosas novelas?
As datas tornam breves as coisas – há um tempo para admirar as ainda parecidas presenças, e outro que nos limitamos a tecer rapsódicas mnemónicas – a nostalgia definha até às excentricidades enfabulantes.
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