No coração lilás amadurecem verdes sentimentos.
O que mantém a maioria dos matrimónios são as insuportáveis contendas? Pffff!...
Como dividir, caso haja outros, a conquista da tua visão (no mínimo sublime!)? – o olhar de fera, a vista que não retrata mas arrebata.
Coíbe o coração com um chicote. Arrebata iguarias que arrebanham a alma e barram o coração. Compacta rispidez?
O olho subestima a liberdade com o seu séquito de ironias.
É com mentiras cristalinas que se pintam as explosivas sinas.
O tribunal do céu é demasiado rudimentar para ser réu de crimes a que a paixão incitou.
A mentira é uma justiça retórica que torna mais nobres as aparências.
A negação é nela uma praga que adoça as relações àcidas com os excessos.
Tomo o partido da ambivalência porque suspeito da publicidade da clareza.
Debaixo da tenda que alberga a glória há uma contenda de pensamentos ambiciosos.
A disponibilidade da lucidez nasce da disputa.
São-lhe imputados amputados veredictos de importadas culpas.
As metáforas e suas magnificas mazelas...
O alvoroço da visão caçando ilusões.
O nada como um manancial de hipóteses plausíveis?
O escorpião é o peão que prescuta o corpo como presa a não devorar, ao contrário do leão.
Renascemos porque somos famintas de algumas carnes alheias.
Suspiros que se encavalitam para formar ledas figuras.
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