As afeições afiam-se em mim, e ditam uma confiança que será gloriosa como os parênteses.
A que se esparrama a meu lado, ninfa cega de sonetos ainda mais eróticos.
O que o gemido assegura é a correspondência entre patéticas ocultas de corpos diversos.
A minha maleita encontra-se avante e a dita cuja alegria faz renda no quintal.
Possa alguém desculpar as ofensas lentas que trazemos coladas ao peito – são estas mediocres autojustificações que nos insultam e nos agravam... desesperadamente.
Constróis as tuas complexas convicções qual toupeira.
Quem é que amuralha e amealha a minha mansidão canalha?
O não retorno é um combinado que afixa nenhuma necessidade.
Quando me montas ou te monto, cavalgamos no vento ou no ventre?
À velocidade sobrevoada de nenhum movimento eu saberei. Mas sem porquês.
É a evidência de um ritmo, cardiaco ou não, que sustenta os desejos. Por isso só os pode combater com som grave e contínuo. De onde se deduz, como sempre, que o Eros habita sobretudo o coração.
Aperfeiçoamento do amor? Está sendo feita? Meigas impetuosidades? Teme a temperatura do congelador.
Seus olhos ociosos procuram na secagem do corpo a bulímica chave que desvendará enigmas imprevisiveis.
Quando encurralada ainda és mais doce.
Fica-se mais moreno depois da torradeira.
O brilho das jóias imita o brilho dos corpos dos deuses. Por isso há criaturas que passam horas no toucador encenando a única possibilidade de imortalidade.
O que ocultamente nossa pele veste é uma comicheira que se prepara para desabroxar no ponto da dança.
Enclausuras-te representando papéis salomónicos porque sabes que o teu orgulho é apropriado para tanta soberba.
Venturoso o que apreço dá ao espaço!
Para triunfar há que, também, saber não esperar.
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