Procurar imagens |
Procurar textos |
|
|
|
MARIA GOMES.. |
|
INDEX
não há poesia
não sei, meus amigos, o que fazer da minha poesia |
|
não sei, meus amigos, o que fazer da minha poesia |
|
não sei, meus amigos, o que fazer da minha poesia.
o que fazer do que antecede, do que digo.
do que é excessivo, às vezes, como uma lâmpada alegre.
estou presa num poema.
estou prestes a explodir em espuma.
procuro um lugar…. os olhos, a parede…
vou pendurar a minha poesia nos olhos da parede.
vai escorrer pela cal húmida
vai desfazer as mãos redondas das lágrimas.
depois, quando não mais houver, sem o olhar,
sento-me num degrau qualquer de magnólias,
e acaricio-as como se ali nascesse o mar.** |
III Bienal de Silves, abril de 2008
|
**’Maria Gomes, ‘o lugar da poesia’ ao josé a.gonçalves in memoriam
|
|
|
|
Maria Gomes nasceu em Benguela, República de Angola, em 1958.
Foi professora de artes visuais e trabalhou em contabilidade após a independência
daquele país. Vive em Coimbra.
Tem poemas publicados no Jornal de Angola, nas antologias de Poesia 1 e 2 "
Escritas" sob a edição do poeta José Félix, em outras revistas de literatura na
web, e na revista de Poesia de Tradução Di Versos nº 8 de Edições Sempre-em-Pé.
Participou no poema " O Estado do Mundo", poema criado no ciberespaço, no âmbito de
Coimbra, Capital Nacional da Cultura 2003, a editar brevemente em livro, e
participou na II e III Bienal de Poesia em Silves, em Abril de 2005 e de 2008.
|
|