A magnitude
sísmica de um pulso aberto por onde crescem
as flores
primaveris
insectos
furiosos emergindo da profundeza arterial
astros ou olhos
penetrantes
pólipos
embatendo contra o rochedo das clareiras
a cicatriz do
metal que aflora dentro de um coração
prestes a
quebrar de amor
E as armaduras
possantes de um novo dia
o sol
a água
as choupanas
o sexo à procura
dos primeiros sinais de vida
um pulsímetro
que se gera na garganta
ainda seca
ainda sem
esperança ou negação
ainda liberta
dos vermes e dos lagartos
dos tigres
que dilacerem as
carnes nos tanques de Agosto
Ó branca
escuridão que corres pelas veias!
que te entranhas
na alma
viril aço
rudimentar
curto-circuito
devastação nos
côncavos inchados de pedras
Quem conhece os
teus fabulosos mistérios?
Quem sabe o
porquê
desta cavalgada
exterior aos cuidados da amamentação?
Ah! como tudo se
ergue e cai
como tudo se
processa no movimento rigoroso
onde os sentidos
são sombras graníticas
sobre a fina
areia dos
pantanais
Ó fenda que
expeles lava nas ventas do animal
eis a boca
possessa que mal acorda logo em si recebe
a bênção da
destruição |