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Pintura
A pintura passou a ser uma forma de restauração da tela. Atrás da
superfície branca, onde a mão e o raciocínio vão agir, habitam muitas
sombras, formando uma paisagem obscura, que escondem alguns conflitos da
visualidade. A tela é como um velho quadro negro, que não é mais negro,
é cinza. O giz e o atrito do apagador deixaram nele cicatrizes de
inúmeras escrituras. Assim é a tela, um território com rastros de muitas
inscrições. Pintar é enfrentar os fantasmas da pintura, é escavar a
densidade de uma superfície que se apresenta branca, na procura de
referências para construir um lugar, mesmo que seja um lugar inacabado,
para estimular as reflexões do olhar. A pintura renasce de si, deixando
aparecer seus sonhos e rugas, revelando dúvidas e imperfeições, dando
forma ao invisível. A cor e o traço vibram e se interrogam como
atributos de um suporte que abriga a encenação de uma pintura. |
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Almandrade (Brasil)
Almandrade (Antônio Luiz M. Andrade): Artista
plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano, poeta, professor de
teoria da arte do curso livre do MAM-Ba.. Participou de várias mostras
coletivas, entre elas: XII, XIII e XVI Bienal de São Paulo; "Em Busca da
Essência" - mostra especial da XIX Bienal de São Paulo; IV Salão
Nacional; Universo do Futebol (MAM/Rio); Feira Nacional (S.Paulo); II
Salão Paulista, I Exposição Internacional de Escultura Efêmeras
(Fortaleza); I Salão Baiano; II Salão Nacional; Menção honrosa no I
Salão Estudantil em 1972. Integrou coletivas de poemas visuais,
multimeios e projetos de instalações no Brasil e exterior. Um dos
criadores do Grupo de Estudos de Linguagem da Bahia que editou a revista
"Semiótica" em 1974. Mora em Salvador-BA.
Almandrade pode ser encontrado também no endereço
www.eale.hpg.com.br/alman/
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